Se você acha que o Japão possui muita tecnologia, então acredite, esse país não somente tem, mas vive com ela todos os dias. Desde ao sair de casa até fazer um pagamento no supermercado.
Alguns críticos, principalmente pensando nos desastres naturais – muito comuns por aqui -, dizem que isso pode gerar um colapso na sociedade inteira, caso falte eletricidade em todo país.
Mas, deixando as coisas ruins de lado, há o lado muito positivo, que vai desde organizar a infraestrutura de cada cidade até agilizar o tempo de espera de cada pessoa em qualquer lugar. Vejam só.
Garagem Puzzle
Quando me mudei recentemente para meu atual apartamento, pedi à imobiliária também uma vaga de garagem.
Para minha surpresa, vi uma estrutura de ferro de uns 10 metros de altura e largura. Um carro “em cima” do outro e lado a lado com outros. Pensei: “pronto, como vou estacionar nisso aqui?!”
Os detalhes de seu funcionamento vou colocar em vídeo em breve, mas acreditem, é incrível. Uma plataforma vazia sobe, daí os carros da parte de baixo vão para o lado, daí desce o seu carro, depois abre um portão e… sério, coisa de doido. Mas depois você se acostuma e diz: “que demora…”.
Assento de privada
Talvez você já tenha ouvido falar desses acentos hightech japoneses. Mas uma coisa posso dizer, são realmente muito úteis, e na medida do possível, higiênicos.
Ao lado da parte onde nos sentamos há um braço com vários botões e, principalmente, um sensor. Esse aparato é o que vai ativar tudo o que você precisa para o seu conforto, basta programar antes.
Você pode deixar o assento quente (no frio é muito importante), ligar um som que se chama privacy (privacidade), que faz um barulho de água, para ninguém ao redor precisar ouvir os barulhos que você está fazendo realmente (kkk!) e várias outras funções que eu ainda não sei mexer.
Alguns são tão top de linha, que levantam a tampa do assento logo ao se posicionar na frente da bacia, e depois de terminado toda necessidade, puxa a descarga para você.
Carros híbridos e elétricos
Tudo bem, não é uma tecnologia assim tão nova por aqui, mas sim, é do dia a dia. Entre no carro, receba um bom dia (do próprio carro), gaste menos combustível, até 2/3 do que gastaria num veículo comum (nada para um totalmente elétrico), abra e feche a porta automaticamente para seus passageiros, feche o porta malas sem levantar o braço e siga seu caminho. Tudo o que você precisa nesse dia é do conforto do seu carro para ir enfrentar a “roça”.
Bicicleta motorizada
Não, não estou falando de mobiletes, motoquinhas ou coisas parecidas em duas rodas. Estou falando literalmente de uma “simples” bicicleta que vem em seu sistema um motor elétrico que facilita suas pedaladas. Tanto que uma de suas principais fabricantes é a empresa Panasonic.
Não é assim tão barato, mas seu preço é justo. Como por aqui andar de bicicleta é muito comum para pessoas de qualquer idade, essas bicicletas ajudam principalmente pessoas de idade e mães com crianças pequenas. Recebe até o nome de “Mama Chari”, que significa “bicicleta de mãe”.
Esse “veículo” potencializa a força da sua pedalada, exigindo muito menos esforço do que você faria numa subida, por exemplo. Esses dias mesmo vi uma mãe carregando um filho num banquinho da frente e o outro no banquinho de trás numa subida que eu sozinho não conseguiria numa bicicleta comum, em pé e com marcha. Ela estava sentada e tranquila, com seus cabelos esvoaçantes, provavelmente pensando o que faria na janta.
Estacionamento público tech
Sem delongas, é um lugar que tem algumas ou várias vagas e com nenhum atendente. No entanto, em cada vaga tem um “treco” elétrico-mecânico que levanta automaticamente sob o carro estacionado. Caso você saia sem pagar, digamos que o motor do carro e tudo que fica na parte inferior ficaria para trás, e você “dirigiria” igual aos Flinstones.
Para que esse “treco” mecânico abaixe, é necessário pagar numa máquina que fica ao lado. Basta inserir o número da vaga, e, automaticamente, contabilizará o tempo que você estacionou. O “treco” abaixa e, pronto, você pode sair normalmente.
Caixa de supermercado self
Um dia, entramos num mercado que parecia um sacolão, sabe aqueles mercados no Brasil que são especializados em produtos agrícolas? Então, tipo isso.
Fomos lá, eu e minha esposa, colocamos as compras no carrinho e fomos pagar no caixa. A mulher no caixa foi, registrou tudo pelo código de barras e nos deu um recibo com um único código de barras. Então, saquei minha carteira rapidamente – para mostrar que eu detinha o poder -, e para minha surpresa, ela deu uma risadinha e disse: “pague ali”, e apontou para uma dessas máquinas caixa.
Basicamente, você passa esse código de barras no leitor, este informa o valor, daí você insere o valor exato ou uma quantia a mais. A máquina faz os cálculos precisamente e te devolve o troco e o recibo do pagamento. (Não há possibilidade de ganhar balinhas)
Há um outro sistema mais comum que você mesmo insere o código de barra de cada produto e faz o pagamento ali, mas é preciso ter sua sacola própria, porque a máquina vai medindo o peso dos produtos conforme a sacola vai enchendo.
Bandejão de refeitório
Quando eu trabalhava em uma fábrica, cujo refeitório era giganorme, percebi que todo mundo ia pegando tudo o que quisesse e já ia direto para mesa comer. Eu pensei: “vixi, como vou pagar isso?”. Mas, abaixo de cada prato e pote, há um “treco” (sim, gosto de chamar de treco qualquer coisa que não sei o que é realmente), um treco magnético que, antes de devolver a bandeja na cozinha, deve-se colocar a bandeja em cima de um leitor que automaticamente irá contabilizar o valor dos pratos que você pegou. Em seguida, basta passar o cartão magnético pré-pago no sistema e pagar o almoço com tranquilidade.
Além disso, eu poderia mencionar muitos outros exemplos sobre o convívio dos japoneses com a tecnologia no seu dia a dia. Mas continue nos acompanhando. Em breve, vamos apresentar em vídeo as Coisas do Japão mais incríveis que já vimos!