Há muitas Coisas do Japão que os estrangeiros presenciam e já se impressionam logo de cara. Por exemplo, a limpeza e a segurança.
Por outro lado, há outras que eles não conseguem explicar de pronto. Eles presenciam algo, sentem que existe algo, mas não percebem que está ali e eles mesmos fazem parte.
(Não, meus caros. Não são os famosos espíritos e encostos que aparecem dentro dos armários ou nas fotos)
Mas as tão indesejadas divisões de classes sócio-econômicas.
Mas acalmem-se. O que há no Japão não é a realidade explícita e triste, como no Brasil e em outros países subdesenvolvidos.
Aqui, na verdade, só sente quem mora por muitos anos no País. E só vai perceber se quiser ponderar sobre o assunto. É como ter um estalo repentinamente e pensar: “é mesmo, quem são os ricos e os pobres aqui?”.
O fato é tão interessante, que sem perceber, dentro do transporte público, você pode estar ao lado de um sujeito rico; ou até mesmo no mercado, no correio, nos konbinis (lojas de conveniências) e até de bicicleta aguardando o semáforo abrir.
Não é explicitamente perceptível.
Em termos de aparência econômica, somos todos iguais. Entendam: aparência econômica. Vestimos quase as mesmas roupas, temos quase os mesmos carros, nossas casas não são tão destoantes, estudamos nas mesmas escolas…
Se quiser ir a fundo no assunto, deve-se realmente fazer uma pesquisa de campo para saber quem são, onde estão, o que fazem e lugares que frequentam.
Onde moram, quantos banheiros, quantas televisões e até mesmo o ganho anual certamente não são as perguntas que servem para o contexto japonês.
Portanto, essa é uma “boa” notícia. Geralmente não somos desprezados pelo que temos ou como nos vestimos.
Mas, se você tem o hábito de “pagar de gatão” com carrões, bolsas Channel, relógios Rolex ou camisas da Tommy Hilfiger e quer ostentar por aqui, saiba que essa atitude só te fará passar vergonha por onde andar.