Crocodilo e seu dono já viraram atração local em Hiroshima depois de entrevistas à imprensa nacional e estrangeira
Nada de cachorrinho, gato ou periquito. Um crocodilo, de um pouco mais de 2 metros e 46 kg, é o animal de estimação de Nobumitsu Murabayashi, um senhor japonês de 65 anos. Vivendo em Kure City (Hiroshima), o senhor Murabayashi cuida de seu “pet”, acredite, há exatos 34 anos! Ou seja, o crocodilo já faz parte de mais da metade da vida do japonês.
Chamado carinhosa e cientificamente de Caiman (já que este é também o mesmo nome de um gênero específico de sua espécie), o crocodilo foi comprado em uma feira de animais exóticos no Japão e desde então vive ao lado do aposentado que detém uma permissão oficial para criá-lo em casa e no espaço urbano.
Porém, mesmo estando dentro dos padrões legais para a criação de Caiman, nem por isso a peculiar amizade de Murabayashi e seu crocodilo é um mar de rosas: a esposa, cansada de dividir a atenção com o animal, não é, como podemos dizer, uma grande fã do “bichinho” que passeia pela sala, cozinha e quartos. “Cada dia mais ela está de saco cheio comigo porque passo muito tempo ao lado de Caiman”, explica Murabayashi, entre risos, em entrevista ao portal australiano news.com.au.
Os passeios pelo centro de Hiroshima
Mesmo depois de algumas veículos da imprensa local, e mais recentemente da internacional, terem descoberto o curioso caso de amizade entre o senhor idoso e seu crocodilo, Murabayashi e Caiman não se deixaram tocar pela repentina fama e continuam a passear tranquilamente por toda a cidade – com a diferença que, agora, eles chamam ainda mais a atenção das pessoas quem veem a dupla pelas lojas, restaurantes e supermercados.
Com um típica coleira, Caiman passeia com seu dono pela cidade (Caters News Agency)Mimos e cuidados: da escovação diária dos dentes à hora da soneca
Caiman tem uma vida de rei. Sim, para além do afeto de seu dono e das grandes porções de carne fresca, ele ainda conta com cuidados que nem todos dão aos seus tradicionais bichinhos de estimação. Um exemplo disso é a escovação diária que Murabayashi faz questão de realizar na enorme boca do crocodilo.
Com uma expectativa de vida em torno de mais ou menos 20 a 30 anos ainda pela frente, segundo os veterinários, Caiman já não é mais tão jovenzinho e todos os cuidados recebidos são justificados pelo apreço que Nobumitsu Murabayashi tem com seu amigo. Desse jeito, passando suavemente a escova por entre os dentes gigantescos, o amigo de Caiman garante que o animal já se acostumou à rotina vivendo dentro de uma típica casa nipônica.
Porém, diferentemente de muitos japoneses, o crocodilo tem sua própria “piscininha” em frente a casa: um grande tanque d’água que refresca e relembra Caiman de seu habitat natural. E, assim, passando as horas entre o quintal e a parte interna, o crocodilo vai vivendo como mais um membro da família até chegar à sua hora da soneca: com um cobertorzinho e um tatame para descansar, o animal finalmente pode dedicar boas horas a nada mais, nada menos que… o ócio. Vida boa essa não?
Na hora do soninho, Caiman prefere o tatame e o cobertorzinho ao tanque d’água no quintal (Caters News Agency)