Amami Ōshima é uma ilha situada ao sudoeste do Japão, cerca de 380 quilômetros de Kyushu. Famosa por ser um paraíso de águas transparentes, clima temperado, fabricação de tecido artesanal, culinária saborosa e de um baiacu muito especial.
Conheça um pouquinho desta lindíssima ilha do Japão, suas paisagens e seu peixinho peculiar.
A natureza de Amami Oshima
Partindo de Tóquio, são cerca de duas horas e meia de voo. E ao chegar em Amami Ōshima, os visitantes logo se impressionam com a vasta vegetação que domina a ilha graças ao seu clima subtropical.
Delimitada pelo Pacífico, a leste, e pelo mar da China Oriental, a oeste, Amami Ōshima e suas ilhas ao redor são pontilhadas por lindas praias de areia branca e recifes de coral espetacularmente coloridos por peixes tropicais, que fazem desta ilha um lugar fantástico para a prática de mergulho.
A temperatura média anual é de 21ºC. E o clima ameno permite aos visitantes desfrutarem de diversas atividades recreativas, incluindo os esportes aquáticos, passeios em mangues virgens e florestas e o camping.
Cerca de 95% da ilha de Amami Ōshima é coberta por floresta, incluindo seus 700 km de mangue. Sua natureza rica é viveiro de muitas aves raras e o lar de uma espécie rara de lebre preta.
Tecelagem – Oshima Tsumugi
Amami Ōshima possui cerca de 400 fábricas têxteis de Oshima Tsumugi, um tecido especial, produto exclusivo das ilhas Amami, cuja produção existe há mais de 1.300 anos. Esse famoso tecido é utilizado para fazer kimonos de alta qualidade.
Culinária – Kokuto Shochu e Keihan
Amami Ōshima cativa seus visitantes pela culinária local. Com seus doces feitos com açúcar mascavo, produzido com a cana da própria ilha, suas frutas excepcionalmente deliciosas, como o maracujá e a manga, e o Kokuto shochu, um tipo de destilado tradicional japonês obtido do açúcar mascavo e do arroz.
O prato favorito dos visitantes da ilha é o Keihan, que consiste arroz, frango cozido no vapor, cogumelos shitake cozidos, tiras de ovo cozido e nori (um tipo de alga seca), entre outros ingredientes, banhados em um caldo de galinha com molho de soja.
Veja este vídeo fantástico da ilha de Amami Oshima:
Um baiacu arquiteto
Mas, talvez, um dos habitantes mais celebres de Amami Ōshima, além do coelho-de-amami (ameaçado de extinção), provavelmente é um baiacu que por muito tempo foi o responsável por um dos grandes mistérios do mar dessa região.
Tudo começou em 1995, quando mergulhadores descobriram no fundo do mar de Amami, umas bonitas e simétricas estruturas circulares formadas na areia. E até recentemente, a origem dessas formações permaneceram como um mistério.
Até que finalmente, um baiacu foi observado por um fotógrafo marinho e seu comportamento revelou ser ele o verdadeiro autor das misteriosas construções subaquáticas.
Ao ser descoberto, este peixinho de poucos centímetros foi a resposta para um enigma submarino de longa data. Mas ele não tem culpa de ser diferente de seus conhecidos parentes. Trata-se de um comportamento exclusivo dessa espécie, usado com tática para atrair parceiras.
Foi o fotógrafo japonês Yogi Ookata que descobriu que o pequeno baiacu nada incansavelmente dia e noite para criar essas esculturas, nas quais as fêmeas são atraídas para o seu centro, atravessando cuidadosamente suas pequenas colinas e vales até chegar ao talentoso macho.
Então, o par finalmente deposita seus ovos no centro do círculo. Os sulcos construídos ao redor servem como um amortecedor natural das correntes oceânicas e protegem a delicada prole.
Além disso, as conchas colocadas cuidadosamente pelo papai baiacu ao redor do círculo, servirão de alimento para os peixinhos em seus primeiros dias de vida no fundo do mar.
Iguaria
O baiacu, este peixinho que infla como um balão quando se sente ameaçado, acumula em sua carne e órgãos internos um veneno letal, a tetrodotoxina.
No entanto, a carne deste peixe é considerada uma iguaria no Japão. Por isso, ele geralmente, é cultivado para o consumo humano.
Que tal colocar Amami Ōshima em sua lista de lugares para conhecer? Deslumbrante, vocês não acham?