Quem é apaixonado pela cultura japonesa, deve conferir a nossa lista, com cinco atividades típicas do Japão.
1 – Kintsugi
Segundo a história, um shogun enviou uma tigela para a China, com a intenção de fazer um reparo, porém, para seu descontentamento a peça voltou com defeitos e o serviço mal feito.
Um artesão local garantiu que poderia consertar o reparo mal sucedido. Ele utilizou ouro na cerâmica e com o tempo, a arte ficou conhecida como Kintsugi.
A tradição busca manter a história e o valor dos objetos ao vez de jogá-los fora, aceitar com respeito as belezas das mudanças e do tempo da vida.
2 – Taiko
Durante muito tempo, no Japão e no mundo, os tambores eram instrumentos utilizados em rituais, festas, e principalmente, na guerra.
Eles tinham o poder de dar ânimo as tropas para marchar para batalha, intimidar o inimigo e servir junto com bandeiras a táticas militares.
Hoje em dia, os tambores são utilizados nos Kabukis (teatros tradicionais), santuários e festivais.
Em uma apresentação de Taiko, um dos fatores mais importantes é o Kata, ou seja, o conjunto de movimentos, ele deve ser praticado até alcançar a perfeição.
O foco no treinamento e nas repetições são um reflexo da forma como os japoneses, no geral, se comportam ao aprenderem algo.
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3 – Cerâmica
No Japão, existem muitas escolas de cerâmica com métodos diferentes, um artesão pode criar algo muito sofisticado e elegante nessas escolas.
No entanto, o mais comum é as pessoas criarem objetos simples e rústicos baseados no wabi-sabi. Ao observar uma peça, você verá certas irregularidades, porém, não foram produto de erro.
As irregularidades são na verdade, uma visão inspirada na própria natureza, o uniforme é artificial, a imperfeição faz parte da perfeição da natureza.
4 – Shodo
Shodo (caligrafia japonesa) é provavelmente uma das maiores tradições populares no Japão.
Ele faz parte da grade curricular de ensino japonês. No ensino médio, os alunos podem optar pelo Shodo como matéria artística.
A arte praticada por budistas da escola Zen, tem como objetivo o Mushin, um estado mental de “não-mente”, realizar uma atividade sem a interferência do eu (ego).
A arte do Shodo é feita de forma rápida e sem hesitações, não há correção. É possível identificar o estado de espírito de uma pessoa no momento em que ela escreve.
5 – Ikebana
O Ikebana possui princípio semelhante ao do bonsai, com estética wabi-sabi (a beleza das coisas imperfeitas, impermanentes ou incompletas). Pode ser entendida como a arte do arranjo de flores.
Conta a história que Toyotomi Hideyoshi (daimo do período Sengoku que unificou o Japão) quis vivenciar a cerimonia do chá com Rikkyu Sen (um antigo mestre da arte do chá) em seu famoso jardim.
Porém, quando Hideyoshi chegou no jardim, viu que todas as flores foram podadas. Quando entraram na casa de chá, Hideyoshi viu uma única flor.
Esse deslumbre o fez refletir sobre a beleza da singularidade durante toda cerimônia.
Ikebana é uma das tradições mais populares do Japão, é mais do que um arranjo de flores, é ver a beleza singular das coisas e sua impermanência, aceitar a transitoriedade da vida e de todas as coisas.
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