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Hikikomori: meio milhão de pessoas nunca saem de casa no Japão, saiba os motivos

Imagine ficar confinado em seu apartamento, isolado e solitário. É assim que cerca de 500,000 passam dias, semanas e até meses no Japão. O problema tem nome: hikikomori.

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Hikikomori

O termo é usado pelo governo, para quem se isola durante seis meses ou mais. Atinge 1,6% dos jovens entre 15 a 39 anos de idade.

Autoestima baixa

O fenômeno sociológico envolve vícios, autoestima baixa, entre outros sintomas. Em pesquisa de 2014, apenas 7,5% dos japoneses se sentiam satisfeitos em relação a si mesmos.

Viciados

Muitos são viciados em animes, jogos, videogames ou criam mundos fantasiosos, melhores do que sua realidade.

Dependentes

Uma infância com pais superprotetores pode criar adultos dependentes e crianças inseguras, que se rebelam contra as expectativas criadas.

Adultos e crianças acabam se isolando, por conta da pressão criada pelos pais.

Muitos deles, desenvolvem quadros de depressão, síndrome do pânico, entre outros, e não buscam ajuda.

Alguns passam anos isolados e não conseguem se integrar na sociedade novamente.

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Paranoia

Alguns desenvolvem quadros de paranoia, com sintomas de perseguição. Acabam não saindo por achar que serão pegos ou mortos ao saírem de casa e as explicações se baseiam em teorias da conspiração.

Não querem ser rastreados, por isso, evitam aparelhos tecnológicos, acabam se isolando ainda mais.

Caso precise entrar em contato com algum familiar, criam personagens e o encontro é interpretado como se fosse uma missão super-secreta. Se precisam sair, saem a noite.

Não conseguem lidar com erros

O hikikomori têm uma exigência extremamente dura, e se culpam demais se erram, mesmo se for banal.

Possuem pânico de julgamentos alheios e se importam demais com o que as pessoas poderiam pensar, isso acaba criando ilusões que não existem.

Por exemplo, acaba criando pensamentos maldosos sobre si mesmo e podem acreditar que outra pessoa pensou e não ele.

Não falam

A condição é tão grave, que algumas pessoas passam meses sem falar, se fecham em seus mundos e suas vozes silenciadas.

Largam estudos e trabalho, muitos são sustentados por famílias que não sabem mais o que fazer, a condição ainda é tabu na sociedade japonesa e muitos a confundem com vagabundagem.

A violência é comum no início dos sintomas, a pessoa pode ser agressiva com quem tenta ajudá-los e o quadro avança até total inércia.

Diagnóstico difícil

Os hikikomoris têm medo de sair de casa e ter contato com as pessoas, como ele desenvolve quadros de doenças mentais secundários, fica mais difícil diagnosticá-los, pois os sintomas são parecidos.

Muitos evitam contato até pela internet, pois sua autoestima é baixa, acabam criando perfis falsos para não ter que lidar com a realidade.

Muita gente com depressão pode tornar a ser um hikikomori, se o isolamento acontecer por seis meses, nesse caso, a pessoa não sai mais de casa para nada e não fala com mais ninguém.

O primeiro-ministro Shinzo Abe, já declarou querer reduzir o número de hikikomoris e o Ministério da Saúde adota medidas para tentar resolver esse problema.

Depois de um lançamento de documentário sobre o hikikomori pela BBC, em 2002, descobriu-se que jovens britânicos estavam começando a apresentar a condição. Jovens da Koreia e Itália também tem casos da doença.

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