Comportamento: brasileiro é absolvido de assédio sexual, depois de beijar uma japonesa no trem

A incapacidade do estrangeiro de perceber a rejeição foi citada como um fator-chave na decisão de absolver o acusado por assédio sexual.

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Assédio sexual

Na noite de 26 de junho de 2016, uma mulher japonesa de 23 anos estava sentada em um trem que viaja da estação de Chitahanda, prefeitura de Aichi, para a estação de Kanayama, na capital da província de Nagoya.

Em um momento, o homem de 44 anos sentado ao lado dela, um brasileiro que morava em Nagoya, se apresentou.

Ele perguntou à mulher o nome dela, que tipo de trabalho ela fazia e pediu-lhe seu número de telefone, que ela o deu.

Enquanto eles continuavam conversando, ele segurou a mão direita dela, a beijou três vezes e, de acordo com a mulher, começou a tocar sua parte inferior, por fora de sua roupa.

A mulher não apreciou essas investidas e, após apresentar uma queixa junto à polícia, em março deste ano, o homem foi preso. Antes, de ser julgado e acusado pelo incidente.

Os promotores deram uma sentença de dois anos de prisão. Mas, em 5 de setembro, o julgamento terminou com o acusado sendo liberado de todas as acusações.

O julgamento

O juiz aceitou a afirmação do homem, que disse ter feito apenas porque sentiu que a mulher recebeu o contato físico (embora ele negue ter tocado na parte inferior do corpo da mulher).

A decisão do juiz foi motivada por uma série de fatores. “Essa era uma situação diferente da qual um homem fica insistindo, e não podemos descartar a possibilidade do réu ter acreditado que tinha o consentimento do autor”.

O juiz comentou ainda: “Entendemos que os dois estavam envolvidos em uma conversa, antes dos avanços do homem. Além disso, a mulher não pediu ajuda para outros passageiros nem mudou de lugar no trem.

Ao final, a mulher sentiu que a falta de protestos abertos, também, permitiu ao estrangeiro pensar que o que estava fazendo era aceitável.

A decisão

“Particularmente como o réu é um estrangeiro, ele não conseguiu entender o sentimento de rejeição da mulher. Ele acreditava que ela era apenas tímida. Não podemos negar a possibilidade do réu achar que seus sentimentos eram recíprocos”. Disse o veredicto.

O procurador-adjunto de Nagoya, disse que está discutindo quais são as opções em relação aos recursos das autoridades superiores. Enquanto isso, o advogado de defesa disse que achou o julgamento razoável e justo.

De qualquer forma, o homem poderia ter evitado toda essa confusão, se ele simplesmente tivesse parado de considerar vários “talvez”.

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Fontes: SoraNews24/ Chunichi Shimbun via  Hachima KikoYomiuri OnlineMainichi Shimbun

Imagem em destaque: Pakutaso