Uma das punições aplicadas aos membros da máfia japonesa Yakuza, envolve o ato de decepar alguns dedos das mãos. Por conta do alto número de punições, alguns integrantes encontram dificuldades em se integrar na sociedade japonesa e conseguir um emprego.
Dentro de organização, os principais líderes orientaram os integrantes a procurar trabalho normal, como estratégia para mudar a imagem da Yakuza no Japão.
Além disso, muitos homens carregam o estigma de pertencer a máfia e são marginalizados e desacreditados, por isso acabam sofrendo. De olho nesse público crescente empresas de próteses de dedos surgiram no Japão.
Nos últimos 10 anos, Shintaro Hayashi tem produzido próteses de dedo mindinho para os membros da Yakuza que queiram se desvincular da imagem violenta das gangues.
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Após construir sua carreira fazendo próteses de silicones mamárias para pacientes com câncer e para pessoas com membros amputados, ele se encontrou com um novo público.
“Eu comecei a ver uma melhora gradual nas pessoas que estavam pedindo por próteses nos dedos mindinhos”, conta Hayashi, de 39 anos ao ABC News.
Yubitsume
Não ter o dedo mindinho é sinal de que no passado ou no presente, a pessoa é ou foi membro da Yakuza. O ritual conhecido como Yubitsume é uma forma dos integrantes pagar por ter cometido ofensa.
Uma ofensa pode ser considerada de três maneiras: tomar drogas, entrar em brigas e roubar. O dedo mindinho da mão esquerda é o primeiro a ser decepado. Porém, muitos integrantes acabam sem outros dedos ao longo do tempo.
Os membros da Yakuza procuram o serviço de Hayashi não só para procurar um emprego, também para poder ir em reuniões familiares ou viajar para fora do país.
Muitos clientes visitam o ateliê de Hayashi várias vezes ao ano, pois as próteses de silicone precisam de manutenção e reparo. O profissional conta ter produzido mais de 300 próteses ao longo de sua carreira.
Ele conta que seus clientes são classificados em três categorias. A primeira encaixam-se homens que buscam empregos, desejam uma carreira fora da máfia. A segundo são os que precisam ir a casamentos, aniversários ou até festas infantis. A terceira é de homens que recebem pressão de seus familiares para recuperar sua reputação de volta.
A estimativa é que a Yakuza tenha mais de 100 mil membros espalhados por todo Japão, divididos em diferentes famílias. A máfia é uma das maiores organizações criminosas do mundo.
Fonte: Daily Mail