7 princípios estéticos do zen aplicados na arquitetura e decoração do Japão

Para quem conhece e admira a filosofia zen, conhecer estes sete princípios estéticos pode ser uma boa maneira de criar um ambiente tipico do Japão em sua casa ou no trabalho.

Conheça os sete princípios estéticos do zen budismo que podem ser aplicados no design, arquitetura e decoração. Inspire-se! Crie desde os seus jardins até seu ambiente de trabalho com estas lições!

Os 7 princípios estéticos do zen

1. Kanso (簡 素)

Simplicidade ou eliminação da desordem. As coisas são expressas de maneira simples e natural.

Lembra-nos de pensar não em termos de decoração, mas em termos de clareza, uma espécie de clareza que pode ser alcançada através da omissão ou exclusão do não-essencial.

2. Fukinsei (不均 整)

Assimetria ou irregularidade. A ideia de buscar o equilíbrio em uma composição com irregularidade e assimetria é um princípio central da estética zen.

O enso (“círculo zen”) na pintura de pincel, por exemplo, é muitas vezes desenhado como um círculo incompleto, simbolizando a imperfeição que faz parte da existência.

No design gráfico, o equilíbrio assimétrico também é dinâmico e muito atraente. Tente buscar (ou criar) a beleza em assimetrias equilibradas.

A própria natureza é cheia de beleza e relacionamentos harmoniosos que são assimétricos e equilibrados. Esta é uma beleza dinâmica que atrai e engaja.

3. Shibui / Shibumi (渋 味)

Bonito por ser subestimado, ou por ser precisamente o que deveria ser, não é elaborado. Direto e simples, sem ser chamativo. Simplicidade elegante, brevidade articulada.

O termo, às vezes, hoje é usado para descrever algo apropriado, mas lindamente minimalista, que inclui tecnologia e alguns produtos de consumo. (Shibui, significa, literalmente, degustação amarga).

4. Shizen (自然)

Naturalidade. Uma ausência de pretensão ou artificialidade, intenção criativa total não forçada.

Ironicamente, a natureza espontânea do jardim japonês que o espectador percebe não é acidental. Este é um lembrete de que o design não é um acidente, mesmo quando estamos tentando criar um ambiente de sensação natural.

Não é uma natureza bruta como tal, mas com mais propósito e intenção.

5. Yugen (幽 玄)

Profundidade ou sugestão no lugar de revelação. Um jardim japonês, por exemplo, pode ser considerado uma coleção de sutilezas e elementos simbólicos.

Fotógrafos e designers certamente podem pensar em muitas maneiras de apresentá-los visualmente. Nos mostrando inteiros, ou mostrando, mas mostrando menos.

6. Datsuzoku (脱俗)

Liberdade de hábito ou fórmula. Escape da rotina diária ou do comum. Transcorrendo o convencional.

Este princípio descreve o sentimento de surpresa e um pouco de espanto quando se percebe que pode-se ter liberdade do convencional.

7. Seijaku (静寂)

Tranquilidade ou uma calma energizada (serenidade), quietude, solidão. Isso está relacionado ao sentimento que você deve ter quando entra em um ambiente japonês.

O sentimento oposto ao seijaku seria o ruído e a perturbação.


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O zen possibilita a criação de ambientes que são naturalmente cheios de sentidos. Gostaram de conhecer estes princípios? Comente!

Fontes: presentantionzen/ homedesigning