Quem assistiu o filme O Último Samurai dificilmente não se emocionou com a película dirigida por Edward Zwick. Para quem não sabe o filme foi inspirado em uma história real, conheça!
Restauração era Meiji
O período de restauração Meiji foi uma época bem turbulenta no Japão, ela colocou o fim do sistema feudal japonês e iniciou o processo de desenvolvimento econômico.
A modernização do Japão não foi uma tarefa simples, o país estava dividido, o governo ainda se estabilizava e havia rebeliões por todo país.
Samurais em declínio
Com a inevitável abertura ao mercado estrangeiro, as forças militares japonesas evoluíram e a classe dos guerreiros samurais entrou em declínio.
A modernização do Japão ia na contramão dos valores tradicionais que iam desde vestimentas até a doutrina militar.
Um samurai tradicional não se permitiria utilizar armas de fogo por não ver honra nem glória, eram consideradas armas de repetição para matar.
Nem todos foram reprimidos
No longa, a impressão era que os samurais foram oprimidos pelo imperador, porém, na história japonesa alguns nos períodos dos shogunatos eram verdadeiros tiranos.
Com a modernização, classes sociais foram quebradas e as forças militares permitiram que um homem comum pudesse fazer parte das forças armadas japonesas.
Nem todos foram contra a medida do imperador. Muitos assumiram posições importantes no governo e no novo exército. Alguns, inclusive, se tornaram empresários bem sucedidos.
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Alguns deles viram na modernização do Japão seu poder ser retirado e sua classe guerreira tornar-se obsoleta e a rebelião contra o governo central ganhou força.
Rebeliões
Houve rebeliões de samurais que utilizavam apenas as armas tradicionais: katanas, arcos e flechas. Outros não se importaram em incorporar e utilizar armas modernas, incluindo os rebeldes de Satsuma.
Os rebeldes utilizavam rifles e dispunham de peças de artilharia, no entanto, não deixaram de usar a tradicional armadura samurai.
O último samurai
O personagem Nathan Algren interpretado por Tom Cruise na história real chama-se Jules Brunet. Ele era um oficial francês enviado ao Japão para treinar as tropas de artilharia.
Jules Brunet foi ao Japão antes mesmo da restauração Meiji e das rebeliões. Segundo a história, ao ser convocado ao seu país de origem recusou e preferiu lutar na guerra civil de Boshin.
Brunet lutou e sobreviveu a última batalha de Shiroyama e com a derrota de Saigo Takamori o governo imperial conseguiu se estabilizar.
Mesmo vencidos os samurais que eram temidos passaram a ser idealizados e durante a segunda guerra mundial o espírito samurai fez parte das forças imperiais japonesas.