O desastre de Fukushima em 2011 alterou a vida de muita gente, isolou cidades e alterou o equilíbrio. Os efeitos devastadores podem ser vistos em alguns animais e insetos no Japão.
O desastre de Fukushima já é considerado o pior de todos os tempos, e inclusive, superou o de Chernobyl, da Ucrânia em 1986. Três reatores derreteram em consequências de explosões desencadeadas por um terremoto e em consequência um tsunami em 2011.
Borboletas deformadas
Algumas espécies sofreram mutações, em especial as borboletas. As deformações causadas pela radiação incluem infertilidade, asas deformadas, olhos amassados, padrões de cores estranhas, má formação de antenas e patas. Além das alterações físicas, as borboletas japonesas não conseguem mais se localizar direito.
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Pesquisadores descobriram que as alterações não aconteceram de imediato, dois meses depois elas ainda não apresentavam qualquer deformidade, mas seis meses após os resultados foram alarmantes.
A espécie de borboleta afetada é a Zizeeria Maha, bem comum no Japão. Para o estudo científico de 2012, os pesquisadores coletaram cerca de 144 borboletas de Fukushima, Shiroishi, Motomiya, Koriyama, Hirono, Iwaki, Takahagi, Mito, Tsukuba e Tokyo.
Na primeira amostra, apenas 34% das borboletas apresentaram deformidades, na segunda coleta já tinha aumentado para 52%. Isso mostrou que a radiação passou de uma geração para a outra.
Isso quer dizer que os danos poderão ser vistos por mais tempo. Pesquisadores estudam os impactos da radiações nos animais e insetos no Japão e seus danos já foram relatados ser irreversíveis. O estudo completo pode ser visto aqui.