O J-pop é fenômeno no Japão, além de movimentar bilhões de ienes e faturar muito, existe um lado estranho e meio obscuro em relação a formação e regras de alguns grupos.
Primeiro, os integrantes das bandas rapidamente ganham sucesso e fama. A preferência é por integrantes mais jovens para criar empatia e atrair mais adolescentes.
Mais do que isso, o J-pop virou uma máquina desenfreada. Em escândalos no passado, tornou-se de conhecimento geral que muitos grupos eram criados pela Yakuza, que detém forte influência no entretenimento.
Esses grupos apadrinhados ou não são formados de maneira automática apenas para ganhar dinheiro, com integrantes descartáveis e substituíveis, como é o caso da banda AKB48.
Nesse post, nós vamos conhecer um pouco sobre as bizarrices desse mundo pop japonês.
1. Projeção de uma imagem falsa 24/7
Existe uma regra na luta livre conhecido como Kayfabe, já ouviu falar? Esse termo refere-se ao fato dos lutadores não poderem sair de seus personagens para não quebrar o clima das lutas ou decepcionar os fãs. Afinal, ninguém quer ver uma pessoa comum em cima do ringue.
E o estereótipo adotado pelos integrantes na banda J-pop tem os mesmos conceitos. Imagine que você represente a figura de uma menina virgem e inocente. Se faz parte da banda, terá que ser assim sempre, 24/7 e nunca sair do seu personagem para deixá-lo mais real.
Por isso, muitas integrantes são proibidas de se relacionarem com alguém, para os fãs alimentarem o sentimento de um dia poder ter um romance. Você já percebeu que todo integrante de boy ou girl band, fora ou dentro do Japão, sempre são solteiros?
Em 2013, um caso chocou. Minami Minegishi, 20 anos na época, era uma das centenas de garotas que faziam parte da banda AKB48. Considerado atualmente como um dos maiores e mais bem-sucedidos grupos.
Naquele ano, Minegishi foi vista saindo pela manhã da casa de um garoto que fazia parte de uma boy band, ela havia passado a noite por lá.
Até aqui tudo bem, certo? A garota se deu muito mal, foi rebaixada no grupo e gravou um vídeo de desculpas no YouTube onde chorava copiosamente. E não acabou por aí, raspou sua cabeça pela vergonha causada.
2. Guerra nos bastidores
A rivalidade entre grupos é bem forte e alguns chegam a competir por fãs. Com as apresentações disputadas, muitas vezes dois grupos marcam shows propositalmente no mesmo dia.
Assim os admiradores podem escolher apenas uma banda para assistir, aumentando a rivalidade e contabilizando quantas pessoas preferiram ir naquele show ou no outro.
3. Bizarrice estimulada
Com tantos grupos de J-pop no país e tão poucas pessoas e com a rivalidade citada no item 2, imagine que as bandas são estimuladas a parecerem cada vez mais diferentes ou inovadoras para atrair mais fãs e vender mais discos.
O grupo BIS, na tentativa de atrair mais atenção, gravou um clipe em que as integrantes corriam nuas pela floresta Jukai (floresta dos sucídios).
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4. A loucura dos fãs
Tantas regras impostas aos integrantes para serem acessíveis aos fãs funcionam e muitos japoneses acabam obcecados por seus ídolos em um nível hardcore.
Além de viver e respirar tudo em relação a banda, nos shows eles costumam fazer uma coreografia em conjunto para mostrar sua adoração e lealdade, conhecido como otagei.
Nas redes sociais, é normal ver um grupo otagei rivalizando com o outro, principalmente no Twitter. Eles não poupam esforços para agradar seus ídolos.
Certa vez, o produtor da banda Necronomidol conta que a banda celebraria um show de aniversário do grupo.
Os fãs encomendaram displays gigantes de flores e colocaram na rua, mandaram entregar um bolo personalizado para cada integrante. Um deles, fã de Dragon Ball Z ganhou toda a coleção de mangas em uma maleta.
Louco, bizarro, ou seja lá a palavra que descreva o J-pop, ele continua em ascensão no Japão. O que vocês acharam?