Morar no Japão é o sonho de muitas pessoas, porém, não é tão simples conseguir se estabelecer em um país com tradições milenares e com a sociedade mais homogênea do mundo.
A população de estrangeiros no Japão é de aproximadamente 2%. Há uma enorme resistência dos japoneses em se transformarem em uma sociedade multicultural.
As recentes ondas migratórias na Europa reforçam o medo da população em relação a violência e perca da identidade cultural.
Sakura House
Mas nem todos os cidadãos pensam assim. O fundador da Sakura House, Hanako Tsukumo, começou a idealizar a empresa em 1986. Foram seis anos de planejamento e acúmulo de recursos para conseguir inaugurar a experiência em 1992.
Tsukumo vislumbrou o Japão 25 anos no futuro, sabia que mesmo sendo uma sociedade bem fechada, a comunidade internacional em um futuro breve essa realidade seria alterada.
Hoje, as pessoas do mundo inteiro tem informações mais sólidas sobre o país e isso as atrai. Muitos gostariam de morar no Japão, mas não sabem como, e foi nessa lacuna que Tsukumo apostou.
O mercado imobiliário japonês sempre foi dedicado a seus próprios cidadãos. Ainda hoje, há certa discriminação em contratos de moradia com os gaijins no país.
Facilidades
A filosofia da Sakura House é eliminar todos os elementos burocráticos para que estrangeiros não descendentes consigam um contrato de aluguel.
Se atualmente há mais residência com contratos facilitados no Japão, boa parte desse mérito deve ser atribuído a política da Sakura House.
A Sakura House surgiu como uma agência de imóveis, no entanto, hoje eles possuem uma rede de hosteis e hostels pelo país.
A agência disponibiliza de mais de mil moradias facilitadas, isso significa: não há pagamento da chave, não há taxa de agência, sem fiador e todos os custos como luz, água e energia estão inclusos.
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Há opções para pessoas que viajam a passeio e para quem vai estudar, trabalhar ou simplesmente quer viver no país por algum tempo. Os contratos não são fechados, você paga pelos dias e noites que permanecerá no país.
Porém, existe uma única exigência para contratos de longa duração. Eles pedem um depósito de 20 mil ienes e a cópia de um passaporte com visto válido.
A página oficial da Sakura House não explica se o depósito é um sinal que será devolvido ou se será abatido do valor total da estadia. Confira o site deles, aqui.
Além disso, há a opção de morar sozinho ou dividir uma casa com outra pessoa. Dividir uma casa é uma das opções mais procuradas por conta dos custos, de acordo com a equipe, há quem comece morando com um estranho e terminam o contrato como um casal.
Fonte: Japan Today/Sakura House Blog