O Japão como a maioria das pessoas sabem é um país majoritariamente shintô e budista. É de conhecimento também que o país é o lar de infinitas divindades que regem o mundo (representada pelo número 8 milhões).
Considerando que apenas 1% da população japonesa é cristã, a influência da gigante monoteísta é muito limitada no país. Mas mesmo assim, há mais do que igrejas construídas pelos portugueses durante o século XVI.
Túmulo de Jesus no Japão
A três horas de Tóquio na província de Aomori você poderá encontrar a pequena cidade de Shingo. E é no meio do nada que o visitante encontrará a seguinte placa: Túmulo de Jesus.
Você deve estar se perguntando como isso é possível e que deve ser algum tipo de propaganda para atrair turistas. Bom querido leitor, não se sabe como é ou foi possível, mas dizem que não há intenção alguma de promover ou aumentar o turismo no local.
O lugar onde supostamente está enterrado o corpo de Jesus (haja vista que há outros túmulos de Cristo ao redor do mundo, como na Índia, por exemplo) fica em uma região montanhosa. Ao lado do túmulo e da cruz há também uma igreja.
Jesus morreu no Japão
De acordo com a placa instalada no local aos 21 anos Jesus viajou da Judeia para o Japão. Seu objetivo era buscar conhecimento e tornar-se um ser iluminado. Após 12 anos, resolveu voltar para Jerusalém para cumprir com sua missão na Terra.
Porém, ao retornar para Jerusalém, ele não foi aceito, além de ter sido perseguido pela população que pedia sua crucificação.
Agora é que a história fica um pouco mais cabeluda. As palavras escritas a partir daí podem soar vagas ou confusas. É provável que na tradução do japonês para o inglês, o sentido e a profundidade das palavras tenham se perdido.
Irmão mais novo?
Essa característica do pensamento oriental tende a deixar os ocidentais sem perspectiva. De acordo com o relato, durante a perseguição o irmão mais novo de Cristo, Isukiri, “ocasionalmente” foi pego no lugar do irmão e fora crucificado e morto em seu lugar.
Ao escapar da crucificação, Jesus retornou ao Japão no que é descrito como “altos e baixos” de sua viagem de volta.
A gravura informa que os relatos descritos foram feitos pelo próprio Jesus que morreu aos 106 anos de idade nesse pequeno refúgio montanhoso do Japão.
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Esse solo sagrado foi uma homenagem e um pedido de desculpas de Jesus a Isukiri, seu irmão mais novo que morreu em seu lugar.
Se tudo isso parece ser estranho, saiba que há um monumento nipo-hebraico no local que celebra a amizade entre as duas nações. Em tese isso reconhece a veracidade do local.
Ainda que seja considerada a presença dos cristãos no Japão, não é possível constatar que isso seja obra da herança portuguesa por algumas razões óbvias.
A primeira é que a história japonesa contradiz a bíblia, Roma e o Vaticano. O segundo motivo (e o mais assombroso de todos) é que uma vez por ano há um evento festivo na cidade (Bon Festival) em que as pessoas cantam em um idioma que não é o japonês.
Os cânticos realizados também não soam em nenhum idioma latino conhecido. Na verdade, as palavras são muito mais próximas ao hebraico do que qualquer outra coisa.
Por isso é impossível dizer que isso foi obra dos portugueses. Afinal, os cristãos do século XVI falavam latim e eram antissemitas. Portanto a ideia do hebraico ter sido transmitida por cristãos é no mínimo absurda.
Como Jesus foi parar no Japão, talvez jamais saberemos. E você? Acha que é possível? Deixe uma teoria e não deixe de comentar!