Pesquisa revela que mais da metade das lojas de conveniência no centro de Tokyo possuem estrangeiros trabalhando no turno da noite. Saiba mais!
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Lojas de conveniência
As lojas de conveniência (konbini) japonesas prosperam com a constante introdução de novos produtos. Assim, como sempre há algo de novo nas prateleiras quase sempre os clientes entram para conferir.
No entanto, recentemente, muitos consumidores perceberam uma outra mudança: o número crescente de funcionários estrangeiros.
Até pouco tempo atrás, os jovens moradores estrangeiros que procuravam por empregos de meio período tinham suas opções limitadas. Ou, era a de ensinar aos alunos japoneses a sua língua nativa, ou então, trabalhar em restaurantes que servem a culinária de seu país de origem.
Porém, nos últimos anos, houve um aumento no número de estrangeiros que trabalham como balconistas em lojas de conveniência.
Isso levou o escritor japonês Kensuke Serizawa a analisar a situação. E ainda, a escrever um livro intitulado “Konbini no Gaikokujin” ou “Convenience Store Foreigners“, “Estrageiros das Lojas de Conveniância”, em livre tradução.
A pesquisa
De acordo com a pesquisa de Serizawa, existem, atualmente, mais de 40.000 trabalhadores estrangeiros empregados em lojas de conveniência das três maiores cadeias do país. São, portanto, a 7-Eleven, a Family Mart e a Lawson.
A pesquisa abrangeu as mais de 55.000 lojas de conveniência em todo o país. E Serizawa diz que, cerca de um em cada vinte funcionários é um estrangeiro.
Quem são eles?
Serizawa diz que a maioria desses funcionários estrangeiros vêm de outros países asiáticos, como China, Coréia, Vietnã, Nepal, Sri Lanka e Uzbequistão, em sua maioria.
O governo japonês, no entanto, não concede vistos de trabalho para empregos em lojas de conveniência. Então, a maioria desses funcionários estrangeiros também são estudantes no Japão.
Eles estudam tanto nas universidades, quanto em escolas especializadas ou instituições de idiomas.
Os portadores do visto de estudante no Japão, portanto, têm permissão para trabalhar até 28 horas por semana. E por isso, é comum que eles assistam às aulas de manhã, ou à tarde, e trabalhem no turno da noite.
O trabalho em lojas de conveniência, à tarde ou à noite, geralmente, rende um bom reforço no orçamento.
Trabalho duro
Mas, mesmo com o aumento no número de trabalhadores estrangeiros nas lojas de conveniência, Serizawa afirma que este não é um caso em que a mão de obra estrangeira está ocupando as vagas dos desempregados japoneses.
Vários donos de lojas pesquisados, afirmaram que recebem poucos candidatos japoneses quando publicam suas vagas. Pois, segundo eles, o trabalho nas lojas de conveniência é visto como um trabalho mais difícil do que, por exemplo, trabalhar em um estúdio de karaokê, que paga um salário comparável.
Muitas oportunidades
As grandes redes de lojas de conveniência estão sempre buscando a expansão. Só a Lawson quer abrir mais 4.000 filiais nos próximos três anos.
Além disso, o governo japonês espera atrair mais estudantes estrangeiros. Seu objetivo é aumentar o atual número de 270.000 para 300.000 até 2020.
Então, é provável que o números de balconistas estrangeiros nas lojas de conveniência aumentem ainda mais.
Fontes: Gendai via Otakomu e SoraNews24