O governo japonês pretende abrir mais vagas para cuidadores de idosos de três países da Ásia: Vietnã, Filipinas e Indonésia.
Tudo para contornar alguns problemas que o país enfrenta atualmente. Uma delas é o envelhecimento da população japonesa, que acarreta no déficit de mão de obra e da previdência social.
O profissional que se cadidatar e for destes países deverá ter domínio sobre a língua japonesa. As vagas serão divulgadas em abril de 2019.
Estima-se que o país aceitará 300 cuidadores de idosos de cada país todos os anos. Afinal, estimativa que até 2025 apareçam mais de 300,000 vagas.
Idosos no Japão
Atualmente, 2 milhões de idosos tem 90 anos ou mais no Japão. Além disso, são 7,7 milhões com mais de 65 anos. Nessa faixa, muitos precisam de cuidadores, enfermeiros e de ajuda todos os dias.
Na verdade aconteceu justamente o oposto, há menos oferta de trabalhos formais e registrados e muitos trabalhos temporários.
O problema é que a cultura e a tradição japonesa deixa o cuidado de seus cidadãos sênior como responsabilidade da família. Porém, as pessoas comuns não podem se dar ao luxo de realizar tal tarefa.
Quem já foi para o Japão a trabalho sabe que a rotina é puxada. Geralmente de segunda a sábado, cargas de 12 horas são comuns em fábricas e horas extras não são remuneradas nas empresas.
Além disso, há poucos lares para idosos no Japão, por isso muitos acabam indo viver em hospitais em um programa em parceria com o governo, mas enfrentam a falta de trabalhadores qualificados.
Ainda há muitos japoneses na terceira idade que não têm ou não podem contar com ninguém. Em casos extremos alguns optam pelo suicídio (as taxas são altas) e casos de idosos que cometem crimes para serem presos são cada vez mais comuns.
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