Bruce Hollywood é um coronel da Força Aérea Americana e trabalhava no Pentágono. Com um emprego bom, reconhecido e com uma linda família, era um homem realizado.
Bruce Hollywood
Ele sempre soube que era adotado. Suas feições asiáticas nada combinavam com seu pai de ascendência irlandesa e sua mãe norueguesa.
Teve a confirmação com seus pais adotivos e foi encorajado a procurar sua mãe biológica. O coronel sempre negou, já que essa parte não fazia falta em sua vida. Isso até ele sofrer um ataque cardícado em 2005.
A caminho do hospital se arrependeu de não ter procurado sua mãe biológica. Por isso, passou a procurá-la, mas sem resultados. Ele queria agradecer a mulher que o havida trazido para o mundo.
Seus esforços pareciam não dar certo. Chegou a falar com a embaixada japonesa e a embaixada americana em Tóquio, sem sucesso. Ninguém conseguia encontrar sua mãe biológica.
Destino improvável
Até que um dia, Bruce estava no aeroporto internacional de Dulles em direção a uma convenção na Alemanha. Lá, encontrou um oficial indo para o mesmo congresso no bar do aeroporto.
Era o major Harry Harris. Ao contar sua história, Harris se ofereceu para ajudar, sua mãe era japonesa e ele tinha os contatos certos na embaixada do Japão. Desacreditado, Bruce passou todos os dados que ele tinha.
Ligação inesperada
Dez dias depois, ele foi surpreendido por uma ligação da embaixada japonesa. Disseram para ele: “Coronel Hollywood estamos felizes em lhe informar que achamos sua mãe, Nobue Ouchi.”
Surpreso, disse que precisavade ajuda para escrever uma carta e foi surpreendido novamente. A atendente lhe disse: “Sem cartas, ela irá ligar para você em 10 minutos e não fala inglês. Boa sorte.”
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Nesse meio tempo, ele procurou entre seus contatos um intérprete para poder falar com sua mãe. Em choque, atendeu a ligação e Nobue Ouchi estava chorando.
Logo descobriu que sua mãe sempre teve esperanças em rever seu filho, tinha um restaurante no Japão chamado Bruce e seu nome tinha sido escolhido por ela.
Além disso, carregava uma fotografia de seu filho e nunca casou, pois o único homem em seu coração era ele.
E disse mais, seu aniversário era no dia seguinte e seu presente de 65 anos de idade seria poder encontrá-lo.
Viagem ao Japão
Dez dias depois, Bruce foi ao encontro de Nobue em Shizuoka, no Japão. Lá, conheceu a história de sua adoção e criou laços com Nobue que duraram até sua morte três anos depois causada por um fatal ataque cardíaco.
Adoção de Bruce
Nobue tinha um relacionamento com um militar americano em 1960. Eles planejavam se casar e esperavam pela papelada para poderem seguir com seus planos.
Porém, nesse meio tempo, o militar foi enviado de volta para a Carolina do Sul nos Estados Unidos. Não ligou para Nobue por meses e quando o fez, ela não quis ouví-lo, já que havia perdido a confiança. Por isso, escondeu sua gravidez.
Decisão difícil
Seu pai, um pescador humilde se ofereceu para ajudar Nobue a criar seu filho. Porém, ela sabia as dificuldades que enfrentaria por ser mãe solteira de um filho miscigenado naquela época.
Optou por dar seu filho para o casal Edward e Elanor Hollywood, que estavam alocados na base de força aérea americana. Eles prometeram uma vida feliz a Bruce.
Reencontro com suas origens
Por muito tempo, Bruce não pensava em sua origem nipônica, mas o encontro com sua mãe, o fez se conectar com a cultura japonesa. Ele acabou reconhecendo sua identidade americana japonesa.
Aprendeu a língua para poder se comunicar com sua mãe e ela tentou aprender inglês durante os três anos em que se encontraram.
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