pessoas no metrô do Japão

Notícia no Japão: como a forma em consumir informação mudou

Com os avanços tecnológicos e o uso de smartphones e tablets, a forma como os cidadãos acessam notícias no Japão está mudando em ritmo avançado.

Notícias impressas

Ainda assim grande parcela da população idosa, ainda consome essas informações do jeito tradicional, comprando jornais.

Por isso, os periódicos impressos ainda tem espaço no Japão, porém um senso de crise eminente paira os ares das redações.

Migração para o online

Um dos maiores em circulação e tradicionais, o Asahi Shimbun tem 300,000 assinantes digitais pagantes e a forma de publicação online tornou-se uma fonte de renda importante.

O jornal Nikkei comunicou a imprensa que seus leitores digitais crescem 50,000 anualmente em ritmo acelerado. A parcela ainda é pequena em consideração com os números impressos, de 2,4 milhões contra os 600,000 online.

Com a tendência, quase todos os periódicos tradicionais tem uma seção online, porém as de importância e elaboradas ainda são liberadadas em meio impresso ainda.

Yahoo Japão

Com o domínio global do Google, o Yahoo Japão ainda tem espaço, além de ser um dos principais fontes de notícias por lá.

Quando o terremoto de Osaka aconteceu em 18 de outubro de 2018, a procura por notícias do acontecimento triplicaram. A variedade em fontes que o buscador oferece agrada aos japoneses também, considerado confiável.

O formato com notícias e descrições curtas atraem bastante os leitores japoneses, que vão direto a informação. Quem bate de frente com o buscador Yahoo é o Line, aplicativo popular de lá. Afinal, o Whatsapp não caiu no gosto.

Atualmente, são 63 milhões de usuários mensais únicos do Line, que vão até o aplicativo para acessar notícias pelo celular, conversar e interagir. É a rede social e aplicativo de mensagens mais popular do Japão.

Notícias online

Aliás, um interessante contraste foi observado em uma pesquisa realizada pela Japan Press Research Institute. Descobriu-se que os japoneses consomem mais notícias pela internet, do que por outras mídias convencionais.

Em 2008, a instituição verificou que menos de 70% dos japoneses acompanhavam as notícias através do jornal e 90% tinham preferência pelo papel.

Já em 2010, o porcentagem das pessoas que se informam pela internet chegou a mais de 71%. Embora a facilidade dos mobiles, a mídia tradicional ainda é considerada a mais confiável entre os leitores. Porém, esta é uma tendência mutável.

Afinal, em 2017 a circulação de jornal caiu em 17%, de acordo com o Japan Newspaper Publishers & Editors Association. Assim como a publicidade também caiu em 46%, enquanto o marketing digital abocanhou 1,5 trilhões de ienes, de acordo com a agência Dentsu.

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Fonte: Asia Nikkei, Yahoo Japan e BBC.