“Venha Estudar na França!” Embaixada convida as estudantes de medicina após o escândalo de discriminação no Japão

Embaixada da França twittou uma informação que pode interessar a qualquer futura doutora no Japão que sinta que seus talentos estão sendo subestimados. Saiba mais!

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Escândalo

No início deste ano, a Tokyo Medical University esteve envolvida em um escândalo, quando descobriu-se que a instituição estava mudando, sistematicamente, as notas em seus exames de admissão.

Os candidatos do sexo feminino tiveram pontos retirados de suas notas, automaticamente, independentemente de sua pontuação, a fim de manter a quantidade de alunas na universidade inferior a 30%.

Muitas estudantes talentosas viram suas ambições injustamente frustradas pela instituição sexista que agia secretamente. Acreditando, portanto, que os homens seriam médicos mais valiosos, já que as mulheres deixariam a profissão para criar os filhos.

O clamor e a indignação do público no entanto, provocaram investigações em outras escolas de medicina do Japão. O que alimentou, portanto, as suspeitas de que este não se tratava de um caso isolado. Mas sim, de um problema nacional.

Embaixada da França

E ainda em meio à controvérsia, a Embaixada da França no Japão twittou uma informação que ela acreditava ser de interesse para qualquer futura doutora no Japão que pode estar sentindo que seus talentos estão sendo subestimados em seu país de origem.

O gráfico mostra que a taxa de estudantes do sexo feminino que estudam medicina, odontologia ou farmácia (delineada no retângulo vermelho) na França vem aumentando ao longo dos anos.

E passou portanto, de 57,7% no ano letivo de 2000-2001, para 64,1% em 2016-2017. Aparentemente, provando então que as instituições francesas não têm nenhum receio em aceitar estudantes do sexo feminino.

E junto ao gráfico havia um convite em tom de brincadeira para as estudantes japonesas escolherem a França:

“Um pouco de informação para hoje! A taxa de estudantes do sexo feminino que estudam medicina nas universidades francesas subiu de 57,7% em 2000 para 64,1% em 2016. Parece que até 2021 devemos ver a paridade de gênero para os médicos. Todos, por favor, venham estudar na França!”

A embaixada usou ainda a hashtag da Tokyo Medical University, caso não ficasse claro a que eles estavam se referenciando.

Reações online

As respostas ao tweet foram cheias de reações mistas. Alguns japoneses ficaram ofendidos porque a embaixada francesa usou o escândalo para promover seu próprio país.

Outros porém, falaram sobre os aspectos práticos de ser um estudante estrangeiro na França. A isso, inclui-se o aprendizado de outra língua e, talvez, ter que lidar com o racismo. O que sugere portanto, que estudar medicina na França não seria uma solução muito abrangente para as futuras médicas do Japão.

Mas muitos outros concordaram, sinceramente, com o tweet da embaixada francesa. Que no lugar de apenas dizer  que qualquer um pode estudar na França, promoveu  ideia de que existem alternativas para as estudantes do sexo feminino que se sentem marginalizadas.

E assim, no mínimo, a embaixada divulgou a mensagem de que o Japão pode fazer melhor quando se trata de igualdade. E ainda, se eles ainda não apreciam os talentos das jovens mulheres do país, há outros países que o farão.

Fontes: Embaixada da França no Japão /Twitter / Grape

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