Pilhas de urnas contendo cinzas no Japão se amontoam aos montes. Sem espaço, muitos guardam restos mortais que não foram recolhidos após a cremação.
Destino incerto
Muitos japoneses são idosos, sem familiares ou com relações distantes. Por isso, depois que morrem, o destino de suas cinzas é incerto.
Os custos funerários são caros e o valor não cabe no bolso das famílias. Afinal, a grande maioria ainda vive na pobreza.
Um funeral tradicional, com alimentos e bebidas, presença de um monge budista e cerimônia no templo pode custar 2 milhões de ienes.
Em um cemitério da província de Saitama, 600 urnas permanecem abandonadas. Com tantas caixas chegando constantemente, restam poucos locais para guardá-las.
Saitama é apenas mais uma que enfrenta problema de espaço para os mortos e seus restos. Segundo estimativas do Instituto Nacional de da População e Seguro Social, o número de pessoas mortas serão de 1,65 milhões em 2035.
Quando ninguém aparece para buscar o corpo, todo o processo fica sob responsabilidade do município. O plano de Saitama será enterrrar as urnas esquecidas em um espaço novo.
Osaka enterrou as cinzas de 2,336 urnas esquecidas em uma cova comunitária em 2018 e Fukuoka tinha 6,000 urnas guardadas.
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Em 2015, 50,4% dos homens que morreram no Japão tinham mais de 80 anos. Isso significa que seus filhos também são idosos, na maioria dos casos. Portanto, seus destinos serão os mesmos.
A maioria mora longe de seus familiares e a distância e a rotina exaustiva acaba matando relações. Até 2040, o número de pessoas com mais de 65 anos irá aumentar em 36%.
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