O povo Ainu (humano) habitou Hokkaido, Sakhalin (atual parte da Rússia) e foram colonizados pelos japoneses durante o período da era Meiji na primeira metade do século.
Acredita-se que atualmente existam 25,000 pessoas descendentes do povo Ainu vivendo em sua maioria em Hokkaido nas áreas rurais.
Porém, esse número nunca será preciso, já que a maioria esconde suas origens por medo de preconceito. Estima-se que o número chegue a 200,000.
Ainu
Durante anos, eles foram perseguidos e tiveram sua cultura, religião, terras e costumes banidos. As feições típicas do povo Ainu também quase não podem ser vistas, já que houve muita mistura com os japoneses.
Indígenas
Apenas em 2008, o povo conseguiu status de povo indígena antes de quase sumirem. Hoje em dia, existe um movimento que busca resgatar tudo o que foi perdido ao longo do tempo.
Os descendentes que vivem em Hokkaido perderam a barba grande e as tatuagens, mas ainda caçam e sobem montanhas para buscar plantas selvagens seguindo a filosofia indígena.
Na religião Ainu, o ser humano não é considerado espécie superior e dominante. Tudo o que existe, desde plantas, animais e objetos tem alma de deuses ou kamuy.
Por isso, antes de pegar qualquer coisa da natureza deve-se agradecer ao kamuy. Kaizawa Yukiko é descedente do povo Ainu e vive em Nibutani Okasan.
Frequentemente sobre nas montanhas para pegar kitopiro, o alho-poró Ainu. Também pega cascas de árvores para fazer tecelagem.
Sua neta Maya, terceira de sua geração não sofreu preconceito e está aprendendo mais sobre o povo da família materna.
Nibutani é lar de dois museus sobre o povo Ainu. Um deles foi fundado por Kayano Shigeru, o primeiro Ainu a entrar para a Dieta (parlamento).
Além disso, o local é lar do povo e todos levam a vida no estilo de vida Ainu e isso atrai japoneses que estão em busca de uma vida mais simples e com contato com a natureza.
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Apesar da aceitação do povo Ainu no Japão ainda existe um preconceito remanescente. Porém, o governo japonês tenta reverter essa situação oferecendo suporte para divulgação e preservação da cultura que um dia foi perseguida.
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