Se você vive no Japão ou já teve a oportunidade de passar uma temporada no país, pode ter notado que no transporte público existe uma parcela de japoneses que opta por não sentar ao lado de estrangeiros.
Em países como o Brasil, ter o assento vazio ao lado no horário de pico é um sonho. Mas ser estrangeiro e passar por essa situação pode ser bem constrangedor.
Existe um sentimento de “nós” e “os outros” no Japão. Não importa o quão bem um estrangeiro domine o idioma ou se ele possui descendência japonesa, sempre será considerado alguém de fora. Aliás, essa é uma das facetas que pode acontecer com imigrantes em qualquer lugar do mundo.
Gerações mais abertas
Ainda assim, as novas gerações estão muito mais abertas e dispostas a receberem estrangeiros em comparação com as mais velhas.
A geração mais antiga pode ter conceitos definidos pela guerra, por pensamentos antigos, tradições e nacionalismo.
Entretanto, existe um grande entusiasmo dos japoneses mais jovens em conhecer pessoas e culturas de todas as partes do mundo.
Ainda mais depois da II Guerra Mundial e pelo trabalho do Heika Akihito em estabelecer abertura com países estrangeiros.
O Imperador declarou em comemoração dos 30 anos de seu reinado em 17 de fevereiro de 2019 que deseja que o Japão continue mantendo laços sinceros com o mundo.
Além disso, enviou uma mensagem aos japoneses. Afirmou que o país precisa se manter aberto, pois já conseguiram cultivar sua cultura como uma nação.
Ainda assim, alguns japoneses podem não se sentir totalmente a vontade ao lado de estrangeiros. Em países como Brasil, esse tipo de sentimento é consideravelmente menor por causa da diversidade.
Já em países homogêneos, a diversidade não faz parte do cotidiano das pessoas. Por isso existe uma sensação estranha. Afinal, apenas 2% da população é composta por estrangeiros no Japão.
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