Conhecida pelas autoridades e pela imprensa do Japão como bōryokudan, a Yakuza vem perdendo uma média de 1.200 membros e/ou associados a cada ano nos últimos 15 anos.
A queda de um império?
O registro de membros da Yakuza existe desde 1958. Durante o final da década de 80 e início da década de 90, a organização criminosa chegou a contabilizar cerca de 90 mil pessoas.
Atualmente são aproximadamente 15.600 membros e 14.900 associados. Em seu apogeu chegou a contar com 180 mil pessoas para realizar suas atividades.
Porém, desde 2011, uma série de leis contra o crime organizado no Japão prejudicou muito a atuação da organização em suas redes de negócios ilícitos.
Ainda assim a Yakuza opera legalmente em vários setores da sociedade japonesa. Como construção civil, na indústria de entretenimento do país, entre outros ramos empresariais.
No entanto, grandes chefes da organização, como Shigeharu Shirai e Masato Gunji, ambos chefes da Kobe Yamaguchi-gumi foram presos.
Portanto, isso prejudicou a organização interna da Yakuza e causou grandes rupturas dentro do maior grupo da máfia japonesa.
Desânimo
Desconsiderando todas as atividades ilícitas e criminosas, ser um membro da Yakuza é como ser um funcionário em qualquer grande empresa.
Ou seja, a relação hierárquica da organização criminosa pode não ser diferente de qualquer companhia no Japão. Então, para um membro conseguir uma promoção é um longo e penoso processo.
Aqueles que pertencem aos degraus mais baixos da organização sentem-se desanimados quanto ao progresso e pelo pagamento.
Além disso, o sistema penal japonês é extremamente rígido e nem sempre o pagamento de um serviço encomendado pelos superiores vale o risco da prisão.
Vida difícil
Com a frustração em não ter um horizonte de oportunidades dentro da Yakuza, muitos membros de baixo escalão optam por sair da organização e buscar outras possibilidades de vida.
Até porque existem diversas complicações práticas na vida de um membro ou associado da Yakuza quanto a locação de imóveis e até mesmo abertura de contas bancárias.
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Alguns ex-membros mais velhos da Yakuza buscam um novo caminho em outros países no ramo de segurança privada.
Outros optam por negócios comerciais e operações de cassinos. Enquanto isso, os ex-membros mais novos buscam as oportunidades disponíveis em trabalhos comuns por não terem capital suficiente para começarem uma nova empreitada.
Com este cenário, a Yakuza passou a utilizar delinquentes juvenis e gangues de motociclistas para realizarem trabalhos de fraude e extorsão.
É verdade que o número de membros da organização criminosa caiu drasticamente nos últimos 15 anos. Porém, os negócios legítimos e o monopólio do mercado de drogas e prostituição ainda asseguram grande poder político e econômico no Japão.
Além disso, a organização também possui células em outros países. Por exemplo, na China, Taiwan, Coreia do Sul, Filipinas e Vietnã.
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