As pequenas habitações do Japão são uma tendência em alta. Por exemplo, em comparação, o Brasil possui uma população de pouco mais de 209 milhões de habitantes espalhados em um espaço de 8,518 milhões de km².
O Japão por sua vez possui 126,8 milhões de habitantes (mais da metade do Brasil) em um espaço de apenas 377.972 km².
Tão pouco espaço em uma região altamente populada faz com quem o valor dos imóveis e terras no Japão sejam bem altos. Seja para compra ou locação.
Novos modelos funcionais de habitações do Japão
Por isso, algumas construtoras japonesas criaram um novo modelo de apartamentos funcionais ( 9,5 m²) para sanar as necessidades do mercado imobiliário.
Minimalismo
É provável que em algum momento durante suas buscas sobre a cultura e tradição japonesa, você tenha se deparado com a expressão “minimalismo”.
Apesar da recente explosão da filosofia com a série da especialista japonesa Marie Kondo e outros importantes autores, o conceito é muito mais antigo e está intimamente ligado com o budismo.
Mínimo possível
De forma resumida, o minimalismo visa uma vida em que as pessoas tenham em sua posse estritamente o necessário.
Como esse conceito está se tornando muito popular no Japão e em muitos lugares do mundo, as pequenas habitações encontraram o espaço histórico perfeito dentro da sociedade japonesa.
Além disso, os efeitos da crise financeira de 2008 ainda são presentes. Nos últimos anos, o valor de compra e locação dos imóveis estão em alta. Porém, o valor real do salário da população em geral não acompanha essa inflação.
Então, muitos jovens adeptos da cultura minimalista sentem-se satisfeitos em viver em locais pequenos e funcionais, mas em boas localizações das grandes cidades.
Negócios de vento em polpa
De todos os apartamentos funcionais de Tokyo, por exemplo, 99% estão ocupados. Afinal, o valor de compra é consideravelmente mais baixo, se comparado a um imóvel tradicional.
Além disso, o aluguel de uma habitação nova e bem localizada pode custar menos de 70 mil ienes.
Os novos imóveis são equipados com ar condicionado, sanitário separado e com tecnologia de ponta, internet gratuita e impostos inclusos. Esse tipo de empreendimento dispensa uma série de formalidades e burocracias.
O sucesso dos pequenos lofts é tão grande, que a Spilytus Co., companhia imobiliária fundada em 2012, atualmente, tem um faturamento anual na casa dos 3 bilhões de ienes.
Novo público
Os novos empreendimentos imobiliários cativaram o público mais jovem. Esse tipo está começando a vida profissional e econômica no Japão e passam o dia todo fora de casa.
Como já existe uma cultura de espaços reduzidos, como os hotéis cápsulas, a ideia de viver com pouco espaço já é comum para muitos japoneses.
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Portanto, acaba sendo uma opção barata e satisfatória. Principalmente para quem não quer perder o conforto das grandes cidades e está com o orçamento apertado.
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