Muitos jovens sonham em algum momento de sua vida com fama e reconhecimento. Portanto, os grupos de J-pop são a referência de sucesso para os aspirantes a ídolos no Japão.
Mas em um mercado tão almejado e competitivo, só há espaço para os melhores e mais rentáveis. Por isso muitos jovens tentam a sorte no J-pop underground.
Porém, se a vida de um verdadeiro ídolo (aidoru) do Japão já é difícil, no cenário underground as coisas podem ser ainda mais complicadas.
A busca de um sonho
É muito difícil fugir dos ídolos no Japão, afinal, a indústria do entretenimento do país é a segunda maior do mundo. Perde apenas para os EUA.
Exposição midiática
Então, além das músicas e participações em programas de rádio e televisão, os ídolos japoneses estão presentes em mais de 50% das publicidades e propagandas do país.
Influência
Por isso muitos estudantes são direta ou indiretamente influenciados pelos famosos do J-pop. Seja pela música, na forma de se vestir ou pelo reconhecimento.
Busca desde cedo
Para conseguir realizar seus sonhos, jovens a partir dos 12 anos buscam seu lugar ao sol em audiências nas agências de talentos mais procuradas.
Porém, conseguir uma vaga em um grupo grande e famoso não é para todos. Então, é a partir daí que a saída encontrada por quem não desistirá de seus sonhos são as agências menores.
Pequenas agências, grandes negócios
Apesar das maiores agências de talento do Japão dominarem a maior fatia do mercado, as menores ainda tem seu espaço.
Além disso, as agências de menor porte estão sempre em busca de novos talentos. Muitos desses grupos são formados por menores de idade em busca de sucesso.
Porém, a realidade profissional costuma ser precária e em alguns casos desonesto.
Uma cilada
Tsuba Minmin, uma musicista conhecida como Harajuku Minmin contou em entrevista ao portal Nippon algumas das dificuldades vividas como uma ídolo do J-pop Underground.
De acordo com a jovem, ela e seus pais foram informados pelo empresário não ter direito a receber um salário.
Para compensar a falta de pagamento, uma quantia de 5 mil ienes era oferecido para o grupo cobrir os custos de transporte e alimentação das apresentações.
Além disso, a agência também ofereceu um contrato assegurando pagamentos para a jovem quando o grupo se tornasse mais popular. Nunca aconteceu.
Sem pagamento
De acordo com Minmin, ela nunca recebeu os 5 mil ienes para cobrir os custos e nunca eram o suficiente, pois as apresentações eram diárias.
Além da venda de CDS, os clubes cobravam aproximadamente 3 mil ienes de entrada e mais mil ienes para fotos dos fãs.
Realidade
Os membros do grupo estavam sempre sem dinheiro e economizavam até mesmo no transporte.
No entanto, Minmin e as outras garotas não viam a vida artística como um trabalho. Era um hobbie e um sonho, por isso suportavam as adversidades.
Depois de serem incentivadas pelo empresário a se apresentarem em clubes de hostess, Minmin decidiu sair do grupo.
Rotina cansativa
Além disso, o grupo realizava apresentações demais (aproximadamente 11 por semana) para não receberem nenhum tipo de pagamento.
Hoje em dia, a jovem cantora e compositora terceiriza parte da suas composição com outros músicos da indústria e busca seu sonho com uma carreira solo.
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Depois de publicar sua experiência nas redes sociais, surgiram muitos relatos de jovens que passaram pela mesma situação no Japão.
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