Taxa de universitários japoneses empregados foi de 97,6%

O ano fiscal acabou oficialmente no mês de março e foi o segundo mais alto quanto a contratações, ficando apenas atrás de 2017 com 98%. Ainda assim 10.700 universitários japoneses ficaram sem vagas.

Segundo o Manichi e dados divulgados pelo governo japonês, em 2018 a taxa de jovens recém formados em universidades e conseguiram uma colocação no mercado de trabalho foi alta (97,6%).

Alguns universitários japoneses optaram por esperar para tentar empregos em grandes empresas. Nesse caso, eles passarão mais um ano se qualificando para tentar um cargo no próximo ano.

Universitários japoneses

A formação universitária (Daigaku) é uma das mais cobiçadas e prestigiosas. Além disso, é uma das garantias para conseguir um emprego considerado bom no país.

alunos da Universidade de Tokyo
Universidade de Tokyo

Existem sete universidades imperiais que já tiveram alunos importantes e um sistema de ensino de mais qualidade. Fazem parte as Universidades de Tokyo, Kyoto, Tohoku, Kyushu, Hokkaido, Osaka e Nagoya.

Portanto, conseguir uma vaga em uma dessas universidades já é um adianto na hora de se candidatar a vagas cobiçadas, já que o mercado é muito competitivo.

Entrevistas de emprego

Apesar de existirem vagas de emprego ao longo do ano, são nos meses que antecedem abril que as contratações acontecem.

Períodos disputados

Durante esse período que se inicia em meados de novembro e começo de dezembro, diversas empresas japonesas normalmente começam a contratar.

Mas as melhores vagas do mercado normalmente são preenchidas em dezembro. A partir daí as oportunidades se tornam menos privilegiadas.

Há também a possibilidade de contratação em maio. Se acontecer algum imprevisto com um candidato contratado, ela pode ser preenchida por quem não teve uma oportunidade nos meses anteriores.

Competição

Recrutamento em massa no Japão

Como o nível de competitividade da sociedade japonesa e do mercado de trabalho serem muito altos, as vagas são disputadas por muitos candidatos em entrevistas coletivas realizadas pelas empresas.

Além do reflexo da cultura competitiva, os cargos oferecidos durante a sessão de empregos no Japão normalmente são os que correspondem a um bom status-quo da sociedade.

Recrutamento no Japão

Além disso, é um momento muito delicado na vida de estudantes que estão tentando encontrar o seu lugar em um dos mercados de trabalho mais agressivos mundo.

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Além disso, as entrevistas são radicalmente diferentes das que acontecem em países como o Brasil. No Japão, o entrevistador pode fazer qualquer tipo de pergunta ao candidato, seja ela íntima ou pessoal.

Entrevista de emprego

Há também um fator muito importante: a lealdade a empresa. Embora essa exigência não se aplique a estrangeiros, a lealdade ao local de trabalho pode ser mais importante do que a competência do profissional.

Apesar de existirem mudanças em algumas empresas mais contemporâneas, a maioria das companhias japonesas ainda vivem a cultura do trabalho em que funcionários passam a vida toda em um mesmo local com plano de carreira a longo prazo.

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