Alimentos ultraprocessados

Hábitos alimentares dos japoneses: perigo dos alimentos ultraprocessados

Muita coisa mudou no Japão após a segunda guerra mundial. Uma das mais preocupantes é a mudança dos hábitos alimentares dos japoneses e escolha dos alimentos ultraprocessados.

Doenças

Com a mudança dos hábitos alimentares dos japoneses influenciados pelo ocidente, uma série de doenças começaram a surgir.

Por exemplo, obesidade, aterosclerose, diabetes, gordura no fígado, problemas cardíacos, pressão alta, entre outras condições derivadas diretamente da alimentação.

De acordo com o relatório de 2017 da International Diabetes Federation (IDF), o Japão ocupava o 11º lugar no ranking mundial com 7,7 milhões de diabéticos.

Além disso, a previsão do Ministério da Saúde é que esse número chegue aos 15 milhões em 2025.

Porém, novos levantamentos apontam um aumento de aproximadamente 3 milhões de novos casos no país. Um aumento vertiginoso e perigoso.

Alimentos ultraprocessados

prateleira de supermercado no Japão

O problema da influência da cultura alimentar ocidental está na troca da alimentação baseada em alimentos frescos e orgânicos pela substituição dos ultraprocessados.

Segundo estudos da Organização Mundial da Saúde, em 2013 o Japão era o 10º maior consumidor per capita do mundo desse tipo de alimento.

Essa explosão de cultura alimentar ocidental no Japão começou ganhar muita força a partir da década de 90.

Aliás, a década de 90 no Japão é considerada como a última década de alimentação tradicional saudável no país.

Características da dieta japonesa

Feira de orgânicos no Japão

Antes da explosão da cultura alimentar ocidental no Japão, a dieta era nutricionalmente impecável.

Isso porque a utilização dos condimentos japoneses tradicionais, como shoyu, missô e dashi forneciam um sabor muito satisfatório sem adições de sal (sódio) e açúcar refinado antigamente.

Além disso, o método de cozimento utilizado era muito importante para preservar as propriedades nutricionais dos alimentos.

Tradicionalmente os japoneses optavam por cozinhar, comê-los crus ou grelhar. A preferência era por doces feitos com batata doce e feijão azuki ao invés do chocolate.

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Diferente da crença popular de sushi, temaki e tempurá, a culinária japonesa é muito rica em variedade e alimentos.

Uma refeição tradicional normalmente é composta de arroz branco sem óleo, peixe grelhado, sopa, legumes e vegetais. A alimentação é sazonal e fresca.

Desde 2005 essa rica cultura gastronômica vem sendo gradativamente substituída por alimentos ultraprocessados pelas gerações mais novas.

Os jovens estão trocando as refeições tradicionais japonesas por pizza, sanduíches, salgadinhos, refrigerantes, condimentos e comidas prontas.

Por exemplo, segundo pesquisa do supermercado Keio baseado em suas vendas de 2017, o item líder de vendas foi o chocolate em barra.

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