Nós já detalhamos reclamações de lojistas e restaurantes japoneses do comportamento inadequado de turistas estrangeiros. Dessa vez, o restaurante de ramen Menya Yaeyama Style em Ishigakijima (Ishigaki) em Okinawa tomou uma decisão que se tornou viral na internet.
Menya Yaeyama Style
Yaeyama é composta por várias pequenas ilhas paradisíacas. Fica ao extremo sul de Okinawa e recebe um grande fluxo de turistas. Ishigaki é uma das ilhas principais e onde o restaurante fica.
Aceita apenas turistas estrangeiros
O dono Akio Aruma, 42 anos, resolveu colocar uma placa no dia 01 de julho na frente do estabelecimento e divulgou pelo Facebook.
De forma resumida, o dono pediu compreensão e afirmou que apenas atenderia turistas estrangeiros.
O motivo seria o mau comportamento dos turistas japoneses. Por conta disso, eles apenas poderiam voltar a entrar em outubro depois da temporada do verão.
O restaurante é pequeno com apenas oito lugares no balcão. Por isso, para contornar alguns problemas passaram a estabelecer regras.
Portanto, eles pediam que cada pessoa consumisse pelo menos uma tigela de ramen, além de ser proibido entrar com comidas e bebidas de outros locais, assim como bebês e crianças não eram permitidos.
Além disso, por conta do estresse gerado, funcionários acabaram pedindo demissão e o dono estava operando o negócio sozinho.
Segundo os ex-funcionários, os japoneses não entendiam essas regras e era comum que surgisse clientes bravos e mau educados.
A maioria das reclamações do restaurante surgiam com clientes que entravam e não comiam nada ou apenas queriam dividir uma tigela de ramen em dois.
Aruma ainda contou para o Tokyo Reporter que tomou sua decisão, pois quem apresentava problemas eram especificamente japoneses. Os clientes estrangeiros compreendiam suas solicitações sem argumentar.
Atualmente, ele se prepara para receber turistas de navios vindos de Hong Kong e Taiwan no verão e época que o restaurante tem mais movimento.
Já que os clientes diminuíram desde o anúncio queria tirar um tempo para descansar. Entretanto, considerou ponderar, já que depois da repercussão concordou que nem todos os clientes japoneses agiam dessa forma e não poderia generalizar.
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Portanto, seria injusta banir todos. Informou que estava pensando em abrir cadastros para ter maior controle.
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