A dieta dos lutadores de sumô no Japão é bem calórica em uma rotina regrada. A refeição típica é o chanko-nabe com udon, vegetais, tofu, legumes e peixe. Afinal, força e composição corporal fazem a diferença no esporte.
Lutadores de sumô e sua dieta
Os lutadores de sumô são conhecidos como rikishi e a dieta deve ser balanceada para enfrentar os treinos.
O chanko-nabe oferece todas as calorias e nutrientes divididos em duas refeições diárias. Cada uma em média com 4.000 a 5.000 kcal.
As caldeiradas tem caldo de galinha ou dashi acompanhado de cogumelos, tofu, repolho, cenoura, batatas, carne e peixe cozidos. Além de calórica, deve ser saudável. Portanto, comidas fast-food ficam de fora.
Além do chanko-nabe, o arroz também faz parte da dieta e eles comem tigelas e mais tigelas de uma vez só.
As massas (udon) fazem parte essencial do cardápio e grandes porções são servidas junto com salada e peixe também. Em dias de competição, eles costumam comer apenas chanko-nabe com frango.
Cada lutador tem uma dieta de acordo com seu peso e treino. Alguns consomem 5.000 kcal/dia, mas pode chegar até 10.000 kcal/dia ou 20.000 kcal/dia, segundo o lutador da Mongolia Byambaj Ulambayar de 163 kg. Quanto mais pesado for, mais irá comer.
Ele passou treinando no Japão por cinco anos e foi campeão do Sumo World Championships (4 vitórias) e do U.S Sumo Open (9 vezes campeão). Sua dieta era de 4.000 kcal por dia.
Certa vez, um lutador de sumô chamado Takamisugi (285 kg) comeu 65 tigelas e 13 kg de carne em uma refeição.
Só parou de comer, pois ficou cansado de mastigar, segundo Ulambayar. A média normal de cada lutador fica entre 10 tigelas no almoço e 10 no jantar para cada um.
Soneca e hidratação
Além disso, a soneca para descansar faz parte depois da refeição, além de tomar muito chá verde e água para hidratar o corpo.
A manhã é dedicada aos treinos (5 horas seguidas) e eles não comem café da manhã. A primeira refeição é servida por volta das 11hs para depois tirar uma soneca para potencializar o ganho de peso e não gastar as calorias consumidas. Depois do jantar vão direto para cama.
Apesar da dieta, eles não sofrem de diabetes ou colesterol alto por conta da rotina de exercícios pesados.
O metabolismo desses lutadores é diferente e a gordura fica armazenada de forma superficial sem prejudicar a saúde, diferente da chamada gordura visceral.
Dentro do heya (centros em que eles vivem e treinam), os lutadores mais jovens são os responsáveis por cortar os ingredientes, enquanto os mais experientes tiram uma soneca.
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Além disso, os mais novos apenas comem depois que os senpais terminam de se alimentar. É a hierarquia dos lutadores.
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