Celulares no Japão encostados podem valer 2 trilhões de ienes

Em um país com 126,8 milhões de habitantes também existem cerca de 80 milhões de celulares no Japão encostados. Isso sem contar os 130 milhões de aparelhos ativos do país.

Mercado adormecido

Ouro de celulares usados

Uma pesquisa conduzida por Katsuhiro Myiamoto, professor emérito da universidade de Kansai revelou que os aparelhos não utilizados possuem um potencial de mercado de JP¥ 2 trilhões (U$ 19 bilhões).

Com a ajuda de empresas que compram celulares de segunda mão, Myiamoto chegou a esse resultado com base no valor dos modelos mais comuns nesse ramo comercial.

Além do valor de venda, o professor concluiu que esses celulares no Japão inativos possuem aproximadamente U$ 426 milhões só em ouro, prata e outros metais preciosos.

Potencial econômico em gavetas

Desmontando celular

Em 2017, o governo japonês lançou uma campanha em parceria com instituições privadas pedindo aos cidadãos doações de celulares antigos.

O objetivo foi utilizar esses aparelhos encostados para produzir as medalhas das Olimpíadas e Paraolimpíadas de Tokyo 2020.

A campanha foi um sucesso, se não viu, leia também: Medalhas olímpicas para Tokyo 2020 já estão prontas. É a primeira vez que uma iniciativa como essa acontece na história da competição com medalhas sustentáveis.

No entanto, 80 milhões de aparelhos permanecem parados e sem uso entre a população. Para o professor Katsuhiro, existem diversos motivos para os japoneses não se desfazerem de seus celulares velhos.

Entre os motivos estão medo de que informações privadas, como mensagens, fotos e vídeos possam ser violados, junto ao apego ao aparelho e o valor pago pelo produto.

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Em entrevista a NHK, o professor emérito disse que espera que os aparelhos sejam colocados em circulação no Japão.

Segundo Miyamoto, se esses 80 milhões de celulares voltassem ao mercado, a economia japonesa seria impactada positivamente.

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