Enquanto o governo busca atrair profissionais estrangeiros, ainda há uma grande dificuldade para esse grupo alugar imóveis no Japão.
Uma pesquisa realizada pela empresa de recrutamento Yolo Japan entrevistou 629 estrangeiros residentes no país.
Alugar imóveis é difícil
Entre 487 pessoas que buscaram um imóvel para alugar no Japão, 200 foram recusados em algum momento pelo fato de serem estrangeiros. Isso representa 41% dos casos.
Ainda que 45% dos entrevistados sejam capazes de conversar em japonês e 22% dominarem o idioma técnico e de negócios, eles foram impedidos de fechar um negócio.
Além da negativa de proprietários em alugar seus imóveis para estrangeiros, outras questões como procedimentos complicados, valores e o uso exclusivo do japonês nos contratos dificultaram o processo.
Além disso, a falta de um guia para estrangeiros nas imobiliárias e a necessidade de um fiador, conta bancária e um número de telefone no país também foram listados como dificuldades recorrentes.
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Relatos
Uma mulher canadense contou para a Yolo Japan que diversos proprietários da capital japonesa se recusaram a alugar seus imóveis pelo fato de ser estrangeira.
Já uma americana residente de Aomori encontrou o mesmo problema mesmo falando japonês fluentemente.
O caso mais extremo revelado pela pequisa foi de uma mulher australiana residente de Tokyo. Exigiram pagamento em dobro do depósito inicial e o valor da chave do imóvel por ela não ser japonesa.
Um homem alemão revelou que conseguiu alugar um imóvel. No entanto, era bem menor do que o esperado dado o valor acordado com os proprietários.
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De qualquer forma, se o Japão quiser atrair mais estrangeiros para resolver o déficit no mercado de trabalho novas medidas deverão ser adotadas.
Com o envelhecimento da população, baixa taxa de natalidade e falta da oferta de profissionais geram mais do que problemas sociais, mas problemas fiscais.
Há um enorme déficit na previdência do país e também na arrecadação de impostos, isto é, há poucos trabalhadores para cobrir os aposentados e os custos do governo.
Portanto, a manutenção da sociedade dependerá cada vez mais da abertura do país aos estrangeiros.
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