A dúvida foi respondida através de entrevistas com recrutadores e conduzida pelo Japan Times. Afinal, a língua é um dos fatores que causam mais dúvidas quanto a trabalhar no Japão.
Nível N2 do teste de proficiência
Quase todos os contratantes exigiam o nível 2 do teste de proficiência japonesa. Segundo o CEO da empresa Whal and Case, as empresas estão abertas a contratar estrangeiros, mas a maioria tem pouca tolerância a quem não sabe japonês.
Portanto ter um certificado pelo menos nesse nível é um passo importante para conseguir um emprego no Japão, salvo exceções.
De acordo com a recrutadora Akemi Hamano, a empresa Hays esperava encontrar pessoas com a habilidade em comunicação e tomada de decisões.
Além disso, existe uma tolerância entre nível de japonês escrito e falado. As empresas preferem alguém que saiba se comunicar de preferência já que o kanji é bem difícil.
Segundo Gary Schrader, gerente de serviços na Randstad Japan, a competição é acirrada. Muitos estrangeiros são certificados no N2 no Japão. Inclusive, chegou a trabalhar com chineses e coreanos com nível quase nativo.
O diretor da empresa Extentive, Alex Lieber, afirmou que as coisas começam a acontecer a partir do nível N2.
Segundo o JLPT (Japanese-Language Proficiency Test), o nível N2 abrange a habilidade em entender japonês em situações cotidianas em várias circunstâncias.
Portanto, nesse nível a pessoa é capaz de ler e entender com clareza comentários e artigos de jornais e revistas, além de seguir a narrativa e compreender a intenção da escrita.
Também é capaz de entender conversas e notícias, além de falar naturalmente em encontros e reuniões. Além disso, tem a habilidade para compreender situações e seguir ideias.
Exceções
As únicas excessões encontradas pela reportagem foi em vagas de conhecimentos expecíficos e altamente qualificados, assim como em posições altas do tipo colarinho branco.
Por exemplo, programadores, engenheiros e consultores em inteligência artificial de diferentes níveis profissionais.
Segundo Kazuto Sato da Morgan McKinley está cada vez mais comum contratações de estrangeiros em empresas de tecnologia sem nenhum nível de japonês.
Por exemplo, a gigante Rakutem é uma empresa que contrata pessoas que tenham o domínio do inglês e não japonês.
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Além disso, muitas empresas multinacionais preferem transferir funcionários de outros países para o Japão do que contratar. Nesse caso, o trabalho é conduzido em inglês com ajuda de assistentes que falem japonês, segundo Kazuto Sato.
A reportagem do Japan Times não pesquisou trabalhos em fábricas no Japão. No entanto, segundo relatos e pesquisas em vagas de emprego, a tolerância para quem não sabe japonês é mais alta nesse tipo e houve uma abertura do mercado de trabalho para estrangeiros recentemente.
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