Poison Fire Coral: cogumelo japonês pode ser letal

O cogumelo japonês podostroma cornu-damae, popularmente chamado de Poison Fire Coral é uma espécie conhecida por sua letalidade.

De acordo com os micologistas, o simples contato do fungo com a pele pode causar reações terríveis no corpo. Sua ingestão, se não levar a óbito, causa danos irreversíveis aos órgãos internos, incluindo, cérebro.

Poison Fire Coral

Podostroma cornu-damae

A necessidade de procurar cogumelos na natureza só de deixou de ser uma regra a partir do período Edo.

Com o passar do tempo, os japoneses foram perdendo a habilidade em identificar os tipos tóxicos dos medicinais. Isso causa muitos acidentes no país.

Por exemplo, a cor avermelhada do Poison Fire Coral é facilmente confundida com outra espécie de cogumelo, o ganoderma lucidum (reishi), utilizado na medicina tradicional.

Cogumelo Reishi
Cogumelo Reishi

O acidente mais conhecido no Japão aconteceu em 1999 quando um grupo de amigos colocou um pouco do fungo em bebidas alcóolicas acreditando ser o cogumelo reishi.

Dos cinco amigos que ingeriram a bebida, um morreu e os outro quatro ficaram extremamente doentes.

No entanto, esse não foi um caso isolado. Por parecer com o cogumelo reishi, eventualmente acontece uma intoxicação no Japão.

Podostroma cornu-damae (カエンタケ)

Apesar de sua particular beleza, o Poison Red Coral é muito perigoso. Os sintomas da ingestão de apenas 1g desse fungo inclui dores estomacais, alteração de consciência, queda de células brancas e plaquetas sanguíneas, descamação da pele do rosto, queda de cabelo e encolhimento da massa cerebral.

Também pode causar falência múltipla de órgãos (insuficiência renal aguda, necrose hepática e coagulação intravascular disseminada).

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Migração

Apesar do Poison Red Coral ser uma espécie originaria do Japão, os fungos são capazes de viajar a distâncias impressionantes.

Mesmo sem os cientistas saberem exatamente como aconteceu, esse cogumelo letal foi encontrado nos últimos anos na Indonésia e Papua Nova Guiné.

Porém, o caso mais recentemente data de outubro de 2019. O fungo tóxico japonês foi encontrado pelo Dr. Matt Barret, micologista da James Cook University ao norte de Queensland, Austrália.

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