O assento preferencial no Japão é um direito assegurado por políticas públicas, mas nem todo mundo se sente confortável em aceitar ou oferecer o lugar no transporte público. Entenda.
Impasse
Como você já deve saber, a lógica social japonesa é baseada no princípio do bem estar coletivo. Portanto, é lógico imaginar que oferecer o lugar a uma pessoa idosa (+65) ou mais velha seja o esperado, por exemplo.
Mas do outro lado, aceitar o lugar oferecido implica em incomodar a paz e o conforto de quem oferece e já estava sentado. É um impasse ético.
Orgulho
Embora o Japão venha envelhecendo em um ritmo nunca visto na história, muitos não se enxergam como velhos.
Então, é muito comum receber uma resposta atravessada de um idoso ao oferecer seu lugar (independente da intenção de gentileza).
Esse fenômeno também não é exclusividade do país, porém, os japoneses tendem ser mais energéticos e enfáticos nessa questão, do que em outros países, como o Brasil.
Leia também
Metrô do Japão: o sistema ferroviário e suas técnicas psicológicas
Transporte público no Japão: verdades e mitos sobre o metrô
Fatos muito curiosos sobre o transporte público no Japão
Como oferecer o lugar?
Se há um impasse ético e um risco real de ser recriminado por um gesto aparentemente gentil, há um modo discreto para oferecer um assento a uma pessoa mais velha no Japão.
O melhor jeito para não criar nenhum tipo de constrangimento é dar a entender que descerá na próxima estação e caminhar em direção a porta do trem.
Se for necessário, troque de vagão para não parecer que o lugar foi oferecido. O importante é não dar espaço para uma situação desconfortável para as partes.
Apesar de haver essa tendência, a regra é oferecer o lugar, afinal, nem todo idoso no Japão pode se sentir ofendido ou signifique que não queira sentar.
Compartilhe! Clique aqui e receba nosso conteúdo exclusivo pelo Facebook Messenger.