Kumitaiso é uma prática comum das escolas japonesas em que os alunos montam uma pirâmide humana. O objetivo é estimular o trabalho em equipe e resiliência dos estudantes.
Acidentes
No entanto, todos os anos as escolas reportam acidentes envolvendo o kumitaiso e isso criou preocupação nas autoridades quanto a segurança das crianças.
Algumas escolas tentam fazer pirâmides humanas cada vez mais altas e a algumas pessoas até pediram para banir essa atividade.
Em 2015, um estudante do colegial em Osaka quebrou ossos ao tentar fazer kumitaiso com outros 157 colegas do sexo masculino, segundo o Japan Times. A estrutura desabou e tinha dez andares.
Teoricamente as crianças devem ser avaliadas quanto a sua condição corporal, peso e resistência para serem colocadas na pirâmide.
No entanto, as escolas acabam formando estruturas maiores por conta da competição entre as instituições.
Em 2016, devido a repercussão dos casos, o ministro da educação Hiroshi Hase determinou regras. O kumitaiso deve ter apenas cinco andares e três se os estudantes estiverem de pé.
No entanto, segundo o NHK, em 2017 foram relatados 4.418 acidentes. Desde o começo de sua prática nove pessoas morreram e 99 tiveram sequelas.
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Já a cidade de Kashiwa em Chiba tirou as pirâmides do quadro de ginástica e colocou danças e outras atividades em grupo.
A prática continua sendo debatida no Japão com pessoas contra e a favor. Um professor do ensino elementar de Osaka afirmou que o kumitaiso envolve horas de prática e isso acaba unindo os estudantes e criando laços para cumprir o objetivo. Além disso, os ajuda a crescer e amadurecer.
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