Atualmente, o mundo vive uma crise de confiança entre as emissoras de televisão e veículos de comunicação tradicionais, especialmente entre os mais jovens. Já no Japão, é um pouco mais difícil (não impossível) de notícias falsas se espalharem. Saiba mais.
Com a democratização e descentralização das fontes de informação que surgiram graças aos avanços tecnológicos e a popularização da tecnologia um problema veio junto.
Fake news
No caso da democratização das fontes de informação, uma enorme onda de fake news literalmente alterou o mundo com exemplos nos Estados Unidos, Brasil e mais.
Embora o as notícias falsas não sejam um fenômeno novo, na era digital elas se tornaram muito mais fáceis de serem produzidas e seu alcance não tem limites.
Empresas especializadas em mineração de dados digitais, como a Cambridge Analytica são capazes de direcionar notícias falsas de forma quase personalizada.
São poucos os países que possuem veículos de comunicação tradicionais e emissoras de televisão que ainda gozam da confiança de seus espectadores e leitores.
Japão – o ceticismo clássico do oriente
Sociedades baseadas nos princípios budistas e confucianos, como o Japão tendem ao ceticismo e pragmatismo.
De forma sucinta, as sociedades do oriente possuem uma visão mais prática de vida. São pessoas que costumam acreditar em algo somente depois de verificar sua veracidade e na prática.
Essa forma de enxergar a vida continua sendo uma característica viva dentro da sociedade japonesa nas novas gerações.
No entanto, ao contrário dos povos ocidentais, os japoneses não costumam questionar e bater de frente, mas preferem adotar uma postura investigativa para se manifestar depois para não quebrar a harmonia.
Emissoras de televisão detém confiança
Em tempos de redes sociais e de um público apressado que normalmente lê apenas o título de uma reportagem, matéria ou link de notícias sem nem ao menos abrir seu conteúdo, as emissoras de televisão de todo o mundo vêm perdem espaço. No entanto, isso não acontece no Japão.
Uma pesquisa recente realizada pela Nippon Foundation com jovens de 18 anos de todo o Japão revelou dados surpreendentes.
Fonte de informação
Questionados sobre quais eram as principais fontes de informações utilizadas, 82,1% responderam que a televisão era a principal e mais confiável fonte.
Redes sociais eram a segunda opção de informações para 47,1% dos entrevistados. O terceiro lugar ficou com os portais e sites de notícias de periódicos com 45,1% da preferência.
Credibilidade
O que mais surpreendeu os pesquisadores foi a credibilidade que os jovens japoneses de 18 anos possuem nas mídias tradicionais.
Apesar de nenhum meio de comunicação (inclusive amigos e familiares) atingirem os 30% dos entrevistados, a televisão foi escolhida por ser a mais confiável (26,2%), seguida dos jornais (25,7%) e rádios (10%).
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Além disso, 84,1% dos entrevistados afirmaram duvidar da veracidade de informações e notícias que surgem da internet e apelam para os meios tradicionais para checar a veracidade. Para 56,6% dos jovens deveria existir leis para combater as fake news.
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