Segundo a agência de notícias Kyodo, Carlos Ghosn, ex-chefe da aliança de automóveis Nissan-Renault, escondeu-se em uma caixa de instrumentos musicais para fugir do Japão para Turquia.
A caixa foi transportada em um jato particular, disse um amigo na quarta-feira.
Ghosn, que estava solto sob fiança em julgamento por suposta ocultação e desvio de dinheiro, entrou em uma caixa de instrumentos usada por uma banda de música que apresentou-se para uma festa de Natal em sua residência em Tóquio.
O brasileiro foi então levado para um aeroporto em outra parte do Japão, disse Imad Ajami, amigo de longa data de Ghosn.
Ajami, consultor libanês em Tóquio, disse que obteve as informações de pessoas muito próximas a Ghosn depois que ele partiu do Japão.
Imprensa libanesa relata detalhes da fuga de Carlos Ghosn
Os meios de comunicação libaneses informaram que Carlos Ghosn, que tem nacionalidade brasileira, francesa e libanesa, voou para o Líbano em um jato particular via Turquia.
A emissora de televisão libanesa MTV disse que o brasileiro se escondeu em um caixa de instrumentos musicais, obtendo ajuda de uma empresa de serviços de segurança e apresentando um passaporte francês para entrar no Líbano.
O escritório do aeroporto internacional de Kansai no Ministério dos Transportes do Japão disse que um jato particular deixou o aeroporto de Osaka no domingo para Istambul.
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Em comunicado divulgado por seu representante nos EUA na segunda-feira, Ghosn disse que foi ao Líbano para escapar da “injustiça e perseguição política” no Japão.
O ex-chefe da Nissan de 65 anos é acusado de sonegação de parte de seu salário por anos e desviar os fundos da empresa, acusações que ele nega.
Sem detalhar suas fontes de informação, Ajami disse que apenas dois membros da banda de música sabiam sobre o plano de fuga de Ghosn.
Um caminhão foi usado para transportar a caixa com Ghosn para dentro e dois jatos particulares fretados de uma empresa em Dubai provavelmente foram usados para levá-lo do Japão ao Líbano, disse ele.
Sob as condições de sua fiança, Ghosn não teve permissão para deixar o Japão. Sua equipe de defesa disse que ainda possui os passaportes franceses, brasileiros e libaneses de Ghosn.
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