Ratos de Kyushu, uma espécie ameaçada de extinção, estão devorando as flores de cerejeira na ilha de Amami-Oshima, prefeitura de Kagoshima.
Enquanto alguns se preocupam com a possibilidade de que os roedores comam todas as flores e não permitam a apreciação do desabrochar, naturalistas sentem-se mais preocupados pelo significado disso.
Diplothrix legata – tesouro nacional
De acordo com o jornal Asahi Shimbun, o rato-da-árvore de Kyushu foi catalogado como tesouro nacional. Afinal, a espécie é endêmica da ilha de Amami-Oshima.
Mas com o desmatamento e a perca dos habitats naturais, a população desses roedores que podem atingir até 30 cm reduziu drasticamente.
Mudança de dieta
Apesar da dramática redução, os naturalistas não sabem exatamente o motivo dos ratos-da-árvore de Kyushu mudarem sua dieta de forma tão radical.
A alimentação desses roedores é baseada principalmente em nozes (bolotas). A principal teoria dos estudiosos é que a baixa colheita de 2020 forçou esses honorários habitantes a mudar sua dieta para não morrer de fome.
Lista vermelha
Os ratos-da-árvore de Kyushu entraram para a lista vermelha do Ministério do Meio Ambiente do Japão como uma espécie em criticamente ameaçado de extinção.
Embora muitas pessoas não tenham simpatia por roedores, qualquer desequilíbrio dentro de um ecossistema gera consequência gravíssimas.
Desde a diminuição da população de insetos (uma das maiores fontes de preocupações de cientistas e pesquisadores de hoje) até a perca de uma aparente simples espécie é o suficiente para que pragas surjam.
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Recentemente um rato-da-árvore foi flagrado comendo flores de cerejeira de uma khani-zakura (cerejeiras de inverno).
Apesar de toda a graciosidade do pequeno roedor subindo na árvore para se alimentar de suas flores, é uma situação alarmante para as autoridades. Afinal, por menor que seja, eles continuam sendo um tesouro nacional