Segundo uma pesquisa do governo japonês, caso ocorresse uma erupção em grande escala do Monte Fuji, Tóquio seria incapaz de operar como capital do arquipélago ficando paralisada após três horas do desastre natural.
Em dezembro de 1707, quando o Monte Fuji entrou em erupção pela última vez, cinzas foram expelidas por mais de duas semanas e vários centímetros se acumularam na cidade de Edo, que mais tarde se tornou Tóquio.
Simulação de erupção do Monte Fuji
O governo simulou o que aconteceria se uma erupção dessa escala ocorresse hoje, cobrindo a grande área de Tóquio com cinzas vulcânicas.
A pesquisa descobriu que as cinzas provavelmente atingiriam o centro de Tóquio e as prefeituras vizinhas de Kanagawa, Chiba e Saitama apenas três horas após a erupção.
Todos os serviços ferroviários parariam, pois mesmo uma quantidade muito pequena de cinzas causaria mau funcionamento do sistema operacional dos trens e estações.
Além disso, a baixa visibilidade atrapalharia o tráfego de automóveis, limitando o movimento das pessoas e interrompendo a mobilidade dos passageiros.
A logística seria afetada, possivelmente afetando o abastecimento das províncias resultando em escassez de comida e água.
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E em caso de chuva, as cinzas vulcânicas podem ficar nas instalações de fornecimento de energia e causar um blecaute no centro de Tóquio.
Os sistemas de comunicação e abastecimento de água também poderiam se tornar inoperantes.
O chefe da pesquisa, Fujii Toshitsugu, professor da Universidade de Tóquio, diz que é difícil prever uma erupção e suas conseqüências exatas, mas alerta que caso acontecer será tarde demais para tomar medidas eficazes.
Por isso, pede que medidas preventivas sejam consideradas com antecedência.
Fonte: NHK