Crise na Yakuza? Número de membros investigados pela polícia cai novamente em 2022

Segundo divulgado pela policia, a crise na Yakuza se aprofundou em 2022, quando o número de membros e associados investigados caiu para menos de 10.000, uma marca histórica desde a lei de 1991.

No ano, nove tiroteios resultaram em quatro mortes, incluindo a do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe. Durante um discurso de campanha eleitoral em Nara, em julho passado, um homem procurando vingança contra a Igreja da Unificação baleou o ex-líder japonês.

Aumento na apreensão de armas e redução nos crimes da Yakuza

Em 2022, a polícia apreendeu 321 armas de fogo, 26 a mais que no ano anterior. Dentre elas, estava a arma usada por Tetsuya Yamagami, suposto responsável pelo tiroteio de Abe. O número de armas que Yamagami possuía não foi divulgado devido aos próximos julgamentos. A investigação de membros e associados da Yakuza diminuiu 1.832 em relação ao ano anterior.

Os dados revelaram que cerca de 22.400 indivíduos estavam ligados a grupos da Yakuza no final de 2022, 1.700 a menos que no ano anterior, marcando um recorde de baixa.

Das investigações, 2.141 envolviam suspeita de violação da lei de controle de estimulantes, 1.424 a possíveis fraudes e 1.142 a lesões corporais.

A polícia permanece em alerta devido ao conflito entre grupos rivais que surgiu após a divisão da Yamaguchi-gumi, uma das maiores organizações da Yakuza no Japão, em 2015.

Em 2022, ocorreram sete incidentes supostamente ligados à disputa entre a Yamaguchi-gumi e a Ikeda-gumi.

Investigação sobre estrangeiros

A polícia investigou 9.548 estrangeiros no Japão em 2022, uma queda de 1.129 em relação ao ano anterior, devido às restrições de viagem pela pandemia de coronavírus. Aproximadamente 60% desses estrangeiros eram do Vietnã e da China.


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Por último, a polícia investigou 5.342 pessoas relacionadas ao uso de cannabis, uma diminuição de 140 em comparação com o recorde do ano anterior.

Fonte: Kyodo News