Hikikomori

Fenômeno no Japão hikikomori vira preocupação global

O Hospital Universitário de Kyushu, Fukuoka, sediou a primeira reunião internacional para debater o fenômeno hikikomori a pedido de Takahito Kato, professor do hospital.

Embora o termo hikikomori tenha se desenvolvido no Japão, os reclusos sociais já são uma preocupação global.

Além das entidades não governamentais que dão suporte aos reclusos, 20 pesquisadores de diferentes nacionalidades, como Coreia do Sul, China e EUA participaram do debate realizado no dia 26 de dezembro.

A crescente onda dos reclusos

Reclusos hikikomori já foram registrados em vários países da Ásia, Europa e nos EUA. Por isso, os pesquisadores e entidades se reuniram para tentar compreender quais são as causas do fenômeno em seus países também.

Mais do que entender, desejam ser capazes de criar redes de suporte. Um pesquisador dos EUA afirmou que muitas pessoas em seu país estão preocupadas com a crescente onda de reclusos, segundo o NHK.

Ele também afirmou receber muitos e-mails regulares de pessoas pedindo ajuda ou orientação. Por isso, o encontro é uma grande oportunidade para entender o fenômeno para além das fronteiras.

Mundo virtual

Hikikomori sentado em seu quarto no computador

Com a popularização das redes sociais e da tecnologia, a reclusão e suas várias faces foram um efeito colateral inesperado. Para além, se voltarmos algumas décadas, os pais da geração millenials dedicavam todos os seus esforços para sair de casa e conseguir a tão sonhada independência.

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Já a geração Z está sendo marcada pela negação de aceitar responsabilidades (sejam elas quais forem). Enquanto os millenials adolescentes mentiam para sair, a geração Z mente para ficar em casa, ou seja, eles interagem muito mais com dispositivos, do que com pessoas.

Apesar do fenômeno atingir pessoas de todas as idades, são os mais novos que estão correndo o maior risco no futuro.

Por isso, a preocupação é grande, pois a tendência é que mais hikikomoris surjam pelo mundo. Apenas no Japão, existem registros de pessoas que estão reclusas há mais de 7 anos e ao todo já contabilizaram mais de um milhão de pessoas sofrendo de hikikomori.

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