Kancho: mil anos de dor é brincadeira real no Japão?

Para quem já assistiu ao anime Naruto, pesquisa sobre cultura japonesa ou já leu mangás deve ter se deparado com a brincadeira kancho que ficou popularmente conhecido como mil anos de dor.

Cena de Naruto

Quem nunca ouviu falar, é uma pegadinha envolvendo juntar os dedos indicadores das mãos e mirar para acertar no meio das nádegas de outra pessoa.

Humor oriental

Para entender o motivo disso ser considerado engraçado teríamos que nos aprofundar no humor japonês. Ele é bem diferente do ocidental. Essa brincadeira ainda é conhecida na Coreia do Sul, Filipinas e Tailândia com nomes diferentes. Portanto, não é exclusivo do Japão.

Tudo é muito exagerado, satirizado, mas explicar algo complexo em poucas palavras não seria justo.

Cada região do Japão tem seu senso de humor e nem tudo que é engraçado em um local será no outro. Até porque uma piada pode ganhar outro sentido, já que até o dialeto muda de uma prefeitura para outra.

Por exemplo, em Kansai as pessoas são muito mais abertas a rirem de si mesmas, em Kanto isso já não acontece.

Além disso, temos que ter em mente que cada indivíduo tem sua personalidade indiferente do local que nasceu ou cresceu.  No geral, o humor tem muita influência do teatro japonês e da literatura, além de não serem tão verbais, mas gestuais.

Cuidado!

Apesar dessa brincadeira existir não é tão estimulada no Japão, já que pode causar brigas e ser considerado desrespeitoso.

Além disso, pode ser considerado assédio sexual e até causar ferimentos dependendo da força empregada.

Existe, mas não é bem assim

Portanto, todo mundo sabe que existe essa pegadinha, mas não existe abertura para fazê-lo da forma que imaginamos.

Ela é mais comum entre crianças (com apelo mais inocente), além de ser retratado em quadros de programas de humor e aparecer em animes e mangás.

Não imagine que no Japão todo mundo faça e aceite kancho, pois não é assim.

Além disso, assédio sexual é crime e o kancho pode ser interpretado como estupro na atual legislação brasileira. Já no Japão esse é um assunto tabu (assédio) e outro tema que não poderia ser explicado em apenas um artigo.

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