Um a cada 10 homens são virgens de 40 anos no Japão

Pesquisadores da Universidade de Tokyo concluíram que um a cada dez homens heterossexuais no Japão na faixa dos 40 anos são virgens.

Virgens de 40 anos

O motivo é ligado a questões socioeconômicas e a forma como a sociedade japonesa funciona. No entanto, não é tão simples assim e se torna um problema complexo.

De forma simples, o dinheiro acaba sendo importante para que os homens consigam se envolver sexualmente sem pagar por isso.

Isso não significa que as mulheres japonesas são interesseiras, mas é preciso entender a forma como a sociedade funciona.

Vergonha

Homens japoneses não aceitam ser bancados por mulheres e a simples ideia soa como ofensa e humilhação. Então, preferem ficar sozinhos se não tem dinheiro para pagar um jantar, por exemplo. A cultura do flerte é diferente lá também.

Culturamente, os homens são os provedores e as mulheres cuidam do trabalho doméstico e dos filhos. É isso que é esperado de casamentos e relacionamentos no Japão. Além disso, sexo casual não é comum no país.

Homens que fizeram parte do estudo e tinham renda baixa eram mais propensos em 20% a serem virgens. No geral, a virgindade aumentou no Japão desde a década de 90.

Os adultos de 30 anos têm dez vezes mais chances de nunca ter tido uma relação sexual em comparação com os britânicos, australianos e americanos.

Os cientistas usaram estatísticas de sete pesquisas feitas com 11.000 a 18.000 homens conduzidos pelo Japanese Institute of Population and Social Security Research feitas entre 1992 a 2015.

Em 2015, 8.9% das mulheres heterossexuais e 9.5% dos homens com idades entre 35 e 39 anos não tinham alguma experiência sexual por opção ou por motivos que fugiam de seu controle.

Os homens com experiência sexual faziam parte de grupos que têm emprego integral e moram em grandes cidades com mais de um milhão de habitantes. Já as mulheres com experiência eram as casadas, sem emprego e donas de casa.

Homem esperando metrô para ir trabalhar

Segundo os cientistas responsáveis pelos dados é preciso ter cuidado para não julgar ou ridicularizar essas pessoas já que o problema é complexo e estrutural, além de fugir do controle desses homens e mulheres.

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