Chá verde: conheça as 3 mais importantes regiões produtoras do Japão

O chá verde está presente em todo o Japão, das cerimônias de chá de Kyoto ao chá verde engarrafado encontrado em todas as máquinas de venda automática e lojas de conveniência. A maior parte desse chá é realmente cultivada, colhida e processada no Japão. E quando falamos em cultivar chá verde há três regiões importantes a saber: Shizuoka, Uji e Kagoshima.

Shizuoka

Quando se trata de cultivar chá verde, Shizuoka é o primeiro lugar que provavelmente vem a mente. Shizuoka é o maior produtor de chá verde do Japão, produzindo até 40% do que é consumido no país.

Dizem que as plantações de chá verde em Shizuoka datam de 1241. A história diz que um monge chamado Shoichi Kokushi plantou as primeiras sementes, obtidas em sua viagem à China, em Shizuoka.

A região está em um ponto ideal para o cultivo de chá, com o Monte Fuji fornecendo solo rico em nutrientes e uma inclinação natural que age como um sistema de irrigação, impedindo que as raízes dos arbustos se tornem muito úmidas, o que pode dificultar o crescimento.

Não é surpresa que a maior província produtora de chá verde tenha áreas enormes dedicadas a seu cultivo. Descendo colinas e montanhas, os campos de chá verde em Shizuoka são incrivelmente bonitos e abertos aos visitantes. As experiências de colheita e degustação de chá são oferecidas pelos produtores de chá verde de Shizuoka. Portanto, para aqueles que desejam tornar sua próxima viagem ao Japão ainda mais especial, por que não reservar um tempo para visitar os campos mais verdes do Japão?

Uji, Kyoto

Além dos templos e das gueixas, Kyoto é famosa por um tipo específico de chá verde: o matcha. O matcha é feito moendo as folhas de chá em pó com um tipo especial de moedor de pedra. O processo é bastante difícil, pois as folhas de chá secas devem ser moídas a uma certa velocidade para não criar calor que possa danificar as folhas. Hoje, esse processo ainda é feito manualmente em alguns locais, mas muitas das grandes fábricas de processamento agora têm máquinas para fazer o trabalho por elas.

O chá verde de Kyoto é produzido na pequena cidade de Uji, onde o matcha recebe seu nome. A cidade está localizada ao sul de Kyoto e é famosa entre os viajantes japoneses. Embora Kyoto não produza na mesma proporção que Shizuoka, cerca de 3% do consumo total do Japão, o chá verde criado em Kyoto é de qualidade muito mais alta, com o Uji matcha reconhecido mundialmente por sua qualidade e sabor inegáveis.


Leia também


Embora o matcha seja famoso em todo o mundo por ser uma bebida japonesa por excelência, há outro chá delicioso produzido em Kyoto. Desconhecido para o bebedor de chá casual, o sabor torrado, quase caramelizado, do hojicha é amado por bebedores de chá mais experientes. O hojicha é simplesmente chá verde torrado. As folhas são colocadas ao sol, ou hoje em dia em aparelhos específicos para isso, e assadas até dourar.

Ao contrário do chá verde, que contém quase tanta cafeína quanto o café, o hojicha contém menos cafeína, sendo a bebida perfeita para quem procura menos dessa substância. Da próxima vez que você se encontrar em Kyoto, talvez queira pegar um trem local para o sul e experimentar uma xícara do melhor matcha do mundo.

Kagoshima, Kyushu

Localizada em Kyushu, Kagoshima é a segunda maior região produtora de chá do Japão, depois de Shizuoka. Durante muito tempo, Kagoshima foi conhecida como produtora em massa de chá verde mais barato para grandes compradores. No entanto, nos últimos anos a região buscou aumentar a qualidade de seu produto, mas mantendo o preço relativamente baixo.

A maior parte do chá produzido em Kagoshima é conhecida como chá misto, de modo que todos os tipos, desde sencha, shibushi, hojicha e até matcha, sai dos arbustos de Kagoshima.

Embora Shizuoka ainda seja a maior região produtora de chá do Japão, quando se trata de cultivar chá, o clima é peça chave, e o clima ameno e quente de Kagoshima oferece uma pequena vantagem sobre Shizuoka, permitindo que a primeira colheita do ano, sencha, seja colhido mais cedo por ali.

Fonte: TokyoWeekender

123