Reforço positivo nas escolas japonesas: o que podemos aprender com a educação do outro lado do mundo

As escolas japoensas normalmente são vistas como um lugar de rigorosidade. Alguns pais até mesmo acham estranho e condenam o fato das próprias crianças limparem as escolas e até mesmo servirem os alimentos para os outros alunos na hora do almoço.

Entetanto, hoje em dia, a educação japonesa avançou bastante e aplica conscientemente e de maneira muito interessante o reforço positivo. Quando falamos de reforço positivo, estamos dizendo algo que não é somente uma recompensa pelo aluno ter feito algo. Mas é um elogio constante que incentiva ele a progredir.

Como se sabe, as pessoas possuem diferentes processos de evolução. Por exemplo, por vezes alguns alunos podem ter uma linha de raciocínio que não é a convencional mas mesmo assim chegar ao resultado esperado. Mais do que premiar somente aquele que fez a linha convencional, é preciso reconhecer e elogiar todos aqueles que tanto conseguiram chegar ao resultado final como os que se esforçaram no processo.

Simultaneamente, cabe ao professor tentar compreender porque alguns alunos podem nem mesmo ter tentado chegar ao resultado.

Assim, veja aqui mais sobre o reforço positivo nas escolas japonesas e como ele tem sido importante.

As escolas japonesas e o reforço positivo no lugar da recompensa

O professor Chihiro Hosoda, especialista em cérebro da Universidade de Tohoku, disse ao portal de notícias Gijin Pot que elogios e incentivos em relação ao progresso, não barganhas ou recompensas, mantêm as crianças motivadas.

Em vez de elogios gerais, como “bom trabalho” ou “bom trabalho”, é melhor usar suas palavras para reforçar positivamente comportamentos específicos, como “obrigado por sentar-se bem” ou elogios específicos referentes à lição que você está ensinando.

As crianças associam o elogio com suas ações e são mais propensas a repeti-lo. Embora os prêmios físicos possam funcionar em algumas circunstâncias, um sistema de recompensas não é algo para se confiar permanentemente.

Portanto, tente sempre incentivar para que a criança possa melhorar aquilo que está fazendo e não acabe desistindo ou sendo orientada  apenas por uma recompensa.


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As escolas japonesas tentam abolir as punições

Dessa maneira, como destacou o blog Gaijin Pot, as escolas japoensas também estão tentando diminuir as punições. Apesar dos parâmetros cuidadosamente definidos, as crianças são obrigadas a testar os limites. Portanto, lembre-se de manter a calma e seguir as regras definidas no início. Sob nenhuma circunstância você deve gritar ou repreender seus alunos. Em vez disso, olhe para uma consequência lógica.

Por exemplo, você pode ter um aluno que não parou de brincar com a tesoura, apesar de sua advertência (“Por favor, você não poderia…”) e explicação (“…porque você pode machucar alguém”). A consequência lógica seria você tirar a tesoura depois de dar uma escolha (“Você pode parar de brincar com a tesoura ou não ter nenhuma tesoura”).

Assim, a criança aprende o motivo de não poder brincar com a tesoura e não fica somente com medo do adulto.