Kyoto enfrenta um problema crescente com casas desocupadas. Para lidar com isso, a cidade planeja implementar um “imposto sobre casas vazias” em 2026. O principal objetivo dessa iniciativa é aliviar a crise habitacional e incentivar a ocupação desses imóveis.
Atualmente, há cerca de 15.000 casas na cidade sem morador fixo. O imposto incidirá sobre casas abandonadas e imóveis usados como casas de férias, inclusive unidades em condomínios.
O valor do imposto, baseado na localização e no valor do imóvel vazio, será aproximadamente metade do imposto padrão de propriedade. Esse valor deve ser pago adicionalmente, aumentando a conta em cerca de 50%.
Impacto do imposto na ocupação de imóveis
O “imposto sobre casas vazias” visa promover a utilização de residências desocupadas. Com isso, espera-se que os proprietários repensem a posse de imóveis não utilizados regularmente em Kyoto. Isso pode estimular a venda ou aluguel desses imóveis para ocupação permanente.
Sob as condições atuais, estima-se que o imposto gere cerca de 1 bilhão de ienes (US$ 7,4 milhões) em receita anual. No entanto, imóveis de valor histórico ou abaixo de um determinado valor estarão isentos do imposto.
Casas vazias são um problema comum no Japão, devido à menor rigidez das associações de moradores e às baixas taxas de vandalismo. Além disso, a comunidade de sem-teto geralmente evita invadir prédios para ocupação.
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Dessa forma, é provável que outras cidades japonesas acompanhem de perto a implementação do imposto sobre casas vazias em Kyoto.
Futuramente, elas podem adotar medidas semelhantes, seguindo o exemplo de Kyoto, para enfrentar a crise habitacional e garantir o melhor aproveitamento de imóveis desocupados.
Por fim, essa estratégia pode beneficiar a população local e contribuir para o desenvolvimento urbano sustentável.
Fonte: 47 News