As crianças sequestradas no Japão não são muito noticiadas mundo a fora. Entretanto, países como Austrália e Inglaterra estão em uma verdadeira luta contra o país e acusando-o de sequestrar crianças.
Isso tudo tem ocorrido por conta da própria lei japonesa que não reconhece a guarda conjunta de crianças. O que pode fazer com que, por mais que um pai ou uma mãe possua a guarda conjunta com o seu ex-cônjuge, um deles ser proibido de ver a criança.
Assim, confira mais aqui sobre isso.
Crianças sequestradas no Japão
A lei atual do Japão, ao contrário de muitos outros países desenvolvidos, não reconhece a guarda conjunta de crianças para ambos os pais após o divórcio.
Este sistema está causando grandes problemas para o caso de crianças que possuem pais de diferentes países.
Na maioria dos casos, a criança é completamente afastada dos membros da família estendida do pai que não detém a guarda – crianças sendo impedidas de ver seus avós, tios, primos. Um estudo estima que, por causa disso, há mais de 150.000 crianças todos os anos no Japão que perdem contato completo com seus pais sem custódia e com a família estendida.
Além disso, a pesquisa mostrou que esse sistema não é apenas extremamente traumático para uma criança (ser negado o acesso a um pai que ama), mas também tem efeitos negativos extremos no desenvolvimento mental da criança. Esses casos em todo o mundo são tratados como formas de abuso infantil e tratados, mas não no Japão.
O que também está acontecendo é o caso de um dos pais ser japonês e levar o filho que teve em outro país para o Japão. Isso faz com que ele tenha a guarda da criança e o outro pai seja proibido de ver o seu filho. Portando, é um sequestro de crianças no Japão.
É por isso que países como Austrália e Inglaterra acusam o país de sequestrar crianças, ou melhor, de ser um cúmplice nesses sequestros.
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As crianças sequestradas no Japão são um problema imenso
Casos em que ambos os pais são cidadãos japoneses e um dos pais rapta o filho do outro, tornaram-se quase um evento diário.
Porém, o Japão não vê isso como um crime.
Isso acontece porque no país, uma criança é muitas vezes vista como propriedade do genitor que abduziu, sendo a guarda exclusiva concedida ao genitor que detém fisicamente a posse da criança.
Dessa maneira, se um dos pais estiver com o filho isso já basta para ele ter a guarda legal.
Por conta desse direito desigual, os pais muitas vezes são encorajados por advogados ou sentem a necessidade de sequestrar seus próprios filhos.
Não há lei de família efetiva para lidar com tais casos no Japão, e o Japão considera tais casos como assuntos familiares, deixando o filho do pai de quem foi sequestrado e o pai que teve seu filho sequestrado incapaz por lei de ter qualquer acesso uns aos outros.
Fonte: Stop child abduction.