Uma tecnologia japonesa está tornando realidade aquilo que você deve ter visto no filme Minority Report – se você tiver nascido depois dos anos de 2005, saiba que esse é um filme que vale a pena ser visto.
Estamos falando da Crime Nibe, uma ferramenta desenvolvida a partir da inteligência artificial e que é utilizada por governos para prever crimes. Essa ferramenta foi desenvolvida em uma startup japonesa e a cada dia que passa prova ainda mais o seu valor.
Confira mais aqui sobre ela e sobre como ela foi construída.
Tecnologia japonesa prevê até 50% de crimes cometidos em uma cidade
A empresa responsável por essa nova tecnologia é a Singular Pertubations. Ela foi fundada por Mami Kajita.
Em entrevista ao podcast Disrupting Japan, ele definiu de maneira breve e bem clara do que se trata a sua ferramenta: ” Prevemos crimes futuros usando tecnologia de IA e fornecemos serviços de gerenciamento de operações para departamentos de polícia e governos locais. E o nome do nosso produto é Crime Nabi.”
Assim, a partir do uso da tecnologia artificial, é possível dizer quais são as áreas onde provavelmente ocorrerá um crime.
Dessa maneira, após o mapeamento das zonas em que, em determinado horário possa acontecer um crime, as patrulhas da polícia são enviadas. Como disse Mami: “Nossa tecnologia de previsão de crimes prevê crimes futuros, quando e onde, que tipo de crime provavelmente ocorrerá.”
Para o bom funcionamento do aplicativo, é preciso que ele tenha acesso aos dados da polícia. A partir desses dados, o aplicativo recomenda quais são as rondas mais recomendadas para evitar os crimes. Quando se compara com outras rondas que não usaram o aplicativo é que se vê o quanto ele é bom para evitar crimes.
Essa ferramenta já está sendo usada em diversos lugares do mundo, não somente no Japão. E em seu uso no mundo real, o Crime Nabi já resultou em reduções de crimes de mais de 50% em áreas onde foi testado em todo o mundo. Em alguns lugares, já chegou até mesmo a apresentar uma diferença de 68% com lugares que não foram patrulhados com a ajuda do aplicativo. Esse é um número impressionante.
O teste inicial ocorreu em Nagoya, mas agora já está sendo testado também na América Latina.
Leia também:
- Brasileiro no Japão preso por vender drogas a 5 pessoas… mas, investigação revela muito mais;
- Não haverá mais catracas nos trens no Japão, controle será por reconhecimento facial;
- Dividir a conta em um encontro no Japão? Confira o que os japoneses acham disso.
Tecnologia japonesa não é somente usada pela polícia
Além disso, a empresa também tem um aplicativo que pode ser usado por outras patrulhas. Em alguns lugares do Japão existem patrulhas que são autorizadas pelo governo e que são feitas pelos próprios cidadãos. Assim, eles mesmos podem ter acesso ao aplicativo para alimentar quais seriam as áreas mais perigosas e tanto evitar um crime de acontecer naquele momento em que estão passando, como também de evitar crimes futuros.
Essas são patrulhas do bairro e seus dados são administrados pelo governo, não pelos próprios patrulheiros. Isso tudo é para evitar que exista uma má administração desses dados ou qualquer outro acidente que venha a ocorrer com esses dados que possam ser prejudicial para a prevenção dos crimes.
Se quiser saber mais, não deixe de escutar o podcast na íntegra, clique aqui.