A empresa aérea Japan Airlines tornou-se a primeira de grande porte a responder ao movimento #KuToo lançado no Japão.
As mudanças no dress code foram consideradas uma vitória. Elas não serão mais obrigadas a usar salto alto nem saias.
#KuToo
O movimento #KuToo surgiu para evidenciar o incorfomismo das mulheres em serem obrigadas a calçar sapatos tortuosos. KuToo vem de kutsu (sapatos) e de kutsuu (dor).
As mulheres poderão escolher sapatos mais confortáveis a partir do mês que vem. São cerca de 6.000 funcionárias e elas aindapoderão escolher vestir uma calça trouser em vez de saia.
Apesar de ter sido uma vitória, a expectativa não é tão animadora no Japão. As empresas que trabalham com atendimento ao consumidor estão relutantes.
A lista inclui bancos, bares, restaurantes, hotéis, lojas diversas, entre outros. De uma pesquisa feita com mulheres que foram obrigadas a usar saltos, 80% relatou dor física.
Bolhas, arranhões e em alguns casos mais impressionantes feridas que não tinham tempo de cicatrizar eram comuns em muitos relatos.
@ udondon1234 do Twitter contou que procurava emprego em Osaka e foi andando a uma entrevista que ficava a cinco minutos da estação Shin Osaka.
Isso foi tempo suficiente para que uma mancha vermelha brilhante de sangue se espalhasse de uma ferida aberta na parte de trás do tornozelo. O corte foi grave o suficiente para que o sangue manchasse a parte externa do sapato.
O primeiro-ministro Shinzo Abe já declarou que é contra esse tipo de dress code ser obrigatório para as mulheres. No entanto, o ministro do bem-estar social, saúde e trabalho afirmou que esse tipo de coisa era aceito pela sociedade e algo comum.
Além disso, uma reportagem da NHK mostrou empresas japonesas que não permitiam que suas funcionárias usassem óculos. Eram obrigadas a usar lentes de contato no trabalho e isso trouxe o assunto novamente ao debate no Japão.