Existiam muitos kamikazes que não queriam se suicidar. É certo que muitos sentiam orgulho em cometer este ato, mas muitos outros não desejavam fazer isso.
Os kamikazes tornaram-se um símbolo do Japão na II Guerra Mundial. Muitas famílias até mesmo sentiam orgulho de que seus filhos estavam se sacrificando pelo país.
Entretanto, já parou para pensar no que acontecia com aqueles que não queriam se matar? Veja aqui algumas histórias.
Os kamikazes e o suicídio
O suicídio era uma prática comum dentro das forças armadas do Japão. Era utilizado quando os soldados estavam perdendo uma batalha e, por exemplo, se matavam com uma granada.
O uso de aviões que se lançavam contra os inimigos tinha como objetivo atingir um alvo que fosse estratégico. Por exemplo, no ataque à base estadunidense de Pearl Harbor, aviões se jogaram contra pontos estratégicos a partir do momento em que foram atingidos e estavam fadados a cair.
Mas foi somente no final da II Guerra Mundial que se intensificou a ordem de que os aviadores deveriam usar seus aviões como arma. Para isso, eles só recebiam o combustível para chegar até ao alvo, reduzindo as possibilidades de que desistissem e retornassem.
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Os kamikazes que não queriam se suicidar
Um dos exemplos que pode-se encontrar com facilidade a respeito de um kamikaze que não queria se suicidar é no mangá Gen: Pés descalços que mostra um relato sobre a bomba atômica lançada na cidade de Hiroshima no final da II Guerra Mundial.
Neste caso, é apresentado um diálogo entre soldados japoneses uma noite antes de se suicidarem. No caso, comentam que se voltarem para suas casas serão tidos como uma vergonha por não terem se matado.
Portanto, pode-se entender que muitos soldados podem até não ter querido se matar pelo Japão. Porém, acabaram se matando para que não sofressem a vergonha de terem falhado em seus atos quando voltassem vivos para suas casas.
Muitos kamikazes não queriam morrer. Mas isso não era uma opção para eles. Afinal de contas, era como se eles fossem uma arma destinada a atingir um alvo em nome do Imperador e do país.
Além disso, faziam tudo isso para provar que eram superiores às raças do ocidente.
Assim, mesmo que eles não quisessem morrer e nem se suicidar, não havia outra opção. O que restava era se matar em nome da guerra e da nação.
Portanto, o medo da morte e a vontade de não morrer estava sempre presente, porém, não era uma realidade para esses kamikazes.
Esses soldados também estavam diante de condições péssimas de vida. Como se sabe, o Japão foi o último país a se render no final da II Guerra Mundial. Por conta disso, também era bombardeado por muitos países e sem a ajuda de seus aliados.
O que acontecia é que mal havia armas e roupas para dar aos soldados. Logo, os kamikazes apareciam como uma opção e uma última tentativa para tentar ganhar a guerra.